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Nicarágua envia novo carregamento com ajuda para Cuba

No navio Augusto César Sandino, seguem 50 contentores com alimentos – o terceiro lote de ajuda à Ilha enviado este ano pelo governo nicaraguense. Universidade chinesa denuncia sanções impostas pelos EUA.

O navio Augusto C. Sandino partiu este domingo para Cuba com 50 contentores de alimentos 
Créditos / PortalPortuario

O navio mercante nicaraguense partiu este domingo do Porto Arlen Siu, a principal base de aceso do país centro-americano a mercados internacionais nas Caraíbas e na Costa Leste dos Estados Unidos, localizada cerca de 290 quilómetros a leste da capital, Manágua.

Nele segue um carregamento que ronda as mil toneladas de arroz e feijão, esperado esta quarta-feira em Cuba, que enfrenta uma crise agudizada pelo bloqueio económico, comercial e financeiro imposto por Washington, e pela pandemia de Covid-19.

Trata-se do terceiro carregamento com alimentos doado como ajuda humanitária à Ilha pelo governo da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), depois dos enviados em Agosto e Setembro último.

Esses lotes, que chegaram ao Porto de Mariel, na província cubana de Artemisa, continham cada qual 549 toneladas de feijões e 28 mil galões de azeite vegetal, informou então o Ministério do Comércio Externo de Cuba.

Além da ajuda nicaraguense, informa a Prensa Latina, Cuba recebeu lotes provenientes da Rússia (89 toneladas de alimentos e material sanitário), do México (612 toneladas de materiais) e do Vietname (12 mil toneladas de arroz).

Universidade chinesa denuncia impacto das sanções impostas pelos EUA

Num relatório intitulado «Dez Perguntas para a Democracia Americana» [«Ten Questions for American Democracy»], o Instituto Chongyang de Estudos Financeiros, da Universidade Remnin da China, afirma que a imposição de sanções arbitrárias, por parte dos Estados Unidos, a países como Cuba, Venezuela, Irão, Bielorrússia, Síria, Líbano, conduziu à recessão económica e ao descontentamento social.

Afirmando que Cuba, a República Popular Democrática da Coreia, o Irão e a Síria figuram entre os países sancionados há mais tempo, a investigação académica qualifica o caso da Ilha como «um dos mais infames».

«Crumbling democracy», ilustração de Liu Rui para o 'Global Times' 

«Os Estados Unidos lançaram revoluções coloridas noutros países do mundo para derrubar e subverter os regimes eleitos legitimamente pelos seus povos, e, ao mesmo tempo, promoveram o poder político pró-americano […] como agente dos seus interesses», lê-se na parte 9.3 do estudo, que dá grande destaque à Venezuela como exemplo da ingerência norte-americana.

O texto insta os EUA a colocarem a si mesmos dez questões sobre o seu sistema democrático – que desmonta e desmascara –, numa altura em que Washington está a promover a chamada cimeira sobre a democracia, que terá lugar esta semana.

A cimeira tem como «objectivo estabelecer uma agenda para a renovação democrática e fazer frente às maiores ameaças que os países enfrentam». Mas também é vista como mais uma tentativa de Washington para «travar» a China.

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