|Síria

Forças israelitas lançam novo ataque contra território sírio, perto de Palmira

A defesa anti-aérea síria interceptou vários mísseis lançados por aviões israelitas contra posições a norte da cidade de Palmira, na região desértica da província Homs, 250 km a nordeste de Damasco.

O sistema de defesa anti-aéreo sírio em acção, na madrugada desta quinta-feira, durante o ataque das forças israelitas
O sistema de defesa anti-aéreo sírio em acção, durante um ataque das forças israelitas em Maio de 2018 Créditos / voanews.com

As baterias anti-aéreas do Exército Árabe Sírio (EAS) enfrentaram uma agressão israelita sobre Palmira e derrubaram vários mísseis hostis antes que pudessem atingir os seus alvos, informou a agência SANA.

O ataque, perpetrado por aviões israelitas fora de território de sírio, ocorreu por volta das 23h (hora local) desta segunda-feira.

Fontes militares consultadas pela agência Prensa Latina revelaram que o ataque visou posições militares conjuntas do EAS e seus aliados, que combatem os terroristas do Daesh – que nos últimos tempos lançaram ataques esporádicos contra posições do EAS e executaram militares sírios na região desértica do país.

Por seu lado, a Al Mayadeen TV, sediada em Beirute, referiu que «o ataque israelita procurava atingir alvos militares no aeroporto a norte de Palmira».

Representantes das forças militares sionistas recusaram-se a comentar a acção – um posicionamento frequente do Exército de Telavive sobre os ataques frequentes que lança em território sírio, os quais, no caso de serem comentados ou justificados, têm quase sempre como pretexto eliminar alvos iranianos ou do Hezbollah.

O governo de Damasco denuncia que, com esses ataques, as forças israelitas deixam em evidência o seu apoio aos grupos terroristas no país árabe, cuja moral procura levantar, à medida que vão sofrendo derrotas cada vez maiores no terreno.

Este é o segundo ataque israelita contra território sírio em menos de um mês. No passado dia 31 de Março, a defesa anti-aérea do EAS respondeu a um ataque semelhante, na mesma província, depois de a aviação israelita ter violado o espaço aéreo libanês – outro facto comum nas agressões de Telavive e que o governo do Líbano denunciou junto das Nações Unidas.

Apesar do silêncio como norma, em Setembro de 2018 Israel assumiu pela primeira vez a agressão sistemática contra a Síria. Um militar admitiu então que as forças israelitas realizaram mais de 200 ataques em território sírio no espaço de um ano e meio.

Mais armamento ocidental, dos EUA encontrado em depósitos dos terroristas

Em operações de desminagem e limpeza do terreno levadas a cabo por sapadores do Exército sírio, foram encontradas armas e munições abandonadas pelos terroristas no Sudoeste do país, nas províncias de Damasco Rural e Quneitra.


Entre o arsenal agora apreendido e ontem mostrado à imprensa, encontravam-se armas de fabrico ocidental, sobretudo norte-americano, como mísseis anti-tanque TOW, lança-granadas RPG, espingardas automáticas e metralhadoras.

Foram ainda encontradas granadas, equipamento de telecomunicações e transmissão por satélite, equipamento médico e várias viaturas roubadas, informa a SANA.

Conforme foi libertando território do domínio dos terroristas, o Exército sírio encontrou vários depósitos e esconderijos com armamento, fabricado nos EUA e noutros países da NATO, bem como em Israel, deixando em evidência o apoio que os grupos terroristas na Síria receberam destes países ao longo da guerra de agressão ao país levantino.

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