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|Bélgica

Esquerda belga lança «sextas-feiras da revolta» contra o custo de vida

Sexta-feira passada foi a primeira de várias em que o Partido do Trabalho pretende levar o «mal-estar» das pessoas às ruas, exigindo ao governo belga que tome medidas contra o aumento do preço da energia.

Mobilização na primeira das «Sextas-feiras da Revolta», dia 30 de Setembro, convocadas pelo PTB/PVDA 
Mobilização na primeira das «Sextas-feiras da Revolta», dia 30 de Setembro, convocadas pelo PTB/PVDA Créditos / PTB/PVDA

Kortrijk e La Louvière foram as primeiras cidades belgas a acolher o apelo de redução dos preços da energia, da alimentação e outros bens essenciais feito pelo Partido do Trabalho da Bélgica (PTB/PVDA).

A campanha «A revolta dos carapuços zangados» foi assim designada porque «os carapuços são um símbolo da crise actual, do governo que protege as multinacionais da energia e deixa a população ao frio», explica Peter Mertens, deputado e secretário-geral do PTB.

No seu apelo, o partido de esquerda avança com a necessidade de três medidas, que considera fundamentais para responder à «actual urgência social» e aos «desafios da crise energética»: a redução e o congelamento dos preços; a taxação dos mega-lucros, em particular os da Engie-Electrabel; reversão da liberalização, colocando o sector da energia ao serviço das pessoas.

No seu portal, o partido explica que, depois da primeira «sexta-feira da revolta», no passado dia 30 de Setembro, estão agendados mais protestos para 7 de Outubro em Liège, Seraing, Saint Nicolas e Genk; para 14 de Outubro em Bruxelas e Gent; e para 21 em Namur, Sambreville e Antuérpia (Antwerpen).

Recorde-se que o PTB mantém há muito – bem antes da guerra na Ucrânia, das sanções impostas à Rússia e das explosões nos gasodutos Nordstream que traziam gás russo para a Europa – uma campanha pela redução do IVA da energia para 6%, afirmando que «a energia é um bem essencial. Aquecermo-nos no Inverno não é comer caviar ou beber champanhe. No entanto, ao gás e à electricidade é aplicado o mesmo imposto que aos artigos de luxo, com um IVA de 21%».

Intervenção do Estado e reversão da liberalização são urgentes

«Como podemos justificar que se venda por 200, 300 euros o megawatt-hora, ou até mais, de electricidade que custa cerca de 35 euros por megawatt-hora a produzir? Mas é assim que a Engie-Electrabel fica rica sem fazer nada, enquanto centenas de milhares das famílias correm o risco de cair na pobreza», denuncia Peter Mertens, que considera a situação «inaceitável» e defende a intervenção urgente do Estado no sentido de reduzir e congelar os preços.

Manifestantes em Kortrijk (Flandres), na primeira «Sexta-feira da Revolta» / PTB/PVDA

A Electrabel, subsidiária da multinacional francesa Engie, está a pontos de alcançar nove mil milhões de lucros extraordinários, afirma o PTB. «Há um ano que exigimos que o governo intervenha contra os super-lucros. Há um ano que o governo minimiza, trava, distrai e não toma medida alguma», acusa Mertens, que exige a taxação dos lucros da multinacional.

Para o PTB, o país enfrenta a maior crise de poder de compra desde a Segunda Guerra Mundial e as pessoas não podem ficar de braços cruzados, nomeadamente para exigir que a energia seja retirada das mãos das multinacionais – que a «utilizam para fazer o máximo de lucro» – e a reversão da liberalização de sectores importantes como a energia, colocando-os ao serviço do bem-estar das pessoas e do planeta.

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