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|guerra económica

Antecipando uma guerra económica com os EUA, Bruxelas pede «cooperação»

Ursula Von der Leyen nunca falou de aproveitamentos dos EUA, mas a evidência é clara. Agora, enquanto falava no Colégio da Europa, pediu «cooperação» e não «uma guerra económica». É evidente que são os EUA quem mais lucra com a guerra.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante um debate no Parlamento Europeu sobre as consequências económicas e sociais da guerra na Ucrânia. Estrasburgo, França, 4 de Maio de 2022
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante um debate no Parlamento Europeu sobre as consequências económicas e sociais da guerra na Ucrânia. Estrasburgo, França, 4 de Maio de 2022CréditosJean-François Badias / AP

Várias têm sido as análise aos impactos da guerra no plano político, económico e geoestratégico. Se parece claro que quem mais perde é o povo ucraniano, também fica evidente que há quem se esteja a aproveitar da guerra para evitar um declínio que muitos já identificavam. Os EUA entram nessa descrição, até porque historicamente o mesmo ocorreu a nível de aproveitamento, como é exemplo o pós-2ª Guerra Mundial. 

Vários têm sido os dirigentes políticos a alertar para tal. A declaração que maior peso terá foi do Ministro da Economia alemão que no mês de Outubro, numa entrevista ao jornal alemão NOZ, em que disse que «Alguns países, incluindo os países amigos, atingem por vezes preços astronómicos [pelo seu gás]. Naturalmente, isso traz consigo problemas de que temos de falar». Nessa mesma entrevista, Robert Habeck foi mais longe ao dizer que «os Estados Unidos contactaram-nos quando os preços do petróleo dispararam, e as reservas nacionais de petróleo na Europa foram esgotadas como resultado. Penso que tal solidariedade também seria boa para a contenção dos preços do gás».

Face a isto, a posição da presidente da Comissão Europeia seria de se esperar, num quadro de subjugação face ao «aliado» americano. Em questão está também na facilidade com que os EUA conseguiram aprovar uma lei para combater a inflação. A chamada Lei de Redução da Inflação de 2022 apresenta-se como um grande feito a nível federal nos EUA uma vez que irá angariar 738 mil milhões de dólares e autorizar 391 mil milhões em despesas com energia e alterações climáticas, 238 mil milhões em redução do défice, avançar em subsídios de saúde e realizar uma reforma fiscal reforma fiscal.

Os EUA demonstram assim uma flexibilidade táctica enorme e garantem investimentos importantes no sector da energia. Face a isto, Von der Leyen disse que «A Europa fará sempre o que for certo para a Europa. A União Europeia responderá de forma adequada e bem calibrada à lei da redução da inflação. No entanto, isso significa que vamos entrar numa difícil guerra comercial com os EUA». 

Apesar da identificação da situação, Von der Leyen tenta de alguma forma apaziguar a situação pois espera «cooperação em vez do confronto» e que irá continuar a dialogar com o Presidente dos EUA para tentar alterar a lei. As palavras parecem novas, uma vez que surge a palavra confronto. Resta somente saber se os EUA vão abdicar da posição privilegiada em que estão e ouvir a Presidente da Comissão Europeia a pedir piedade. No final de contas é apenas o que a União Europeia gosta que está a acontecer, é o mercado a funcionar. 

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