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ALBA-TCP exige a libertação do avião venezuelano retido na Argentina

A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos considerou «ilegal», esta terça-feira, a retenção do avião venezuelano e da sua tripulação pela Justiça argentina.

Créditos / Conviasa

O mecanismo de integração regional afirmou, em comunicado, que esse acto «constitui uma violação dos direitos humanos fundamentais» da tripulação, «como a liberdade de movimento e o respeito pela dignidade pessoal».

Denunciou, além disso, que se trata de «uma nova manobra de incumprimento da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional, assente nas ilegais medidas coercivas unilaterais aplicadas contra a Venezuela».

Juntando-se à exigência do povo e do governo da República Bolivariana da Venezuela de libertação da aeronave Boeing 747 e sua tripulação, retidos de forma ilegal pelas autoridades judiciais da Argentina, os estados-membros da ALBA-TCP reiteram o seu «compromisso inabalável» com os postulados da «Proclamação da América Latina e das Caraíbas como Zona de Paz», por parte da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), «perante qualquer acção que pretenda quebrar o espírito de cooperação e amizade entre os povos de nações irmãs».

O avião pertencente à Empresa de Transporte Aerocargo del Sur (Emtrasur), filial da linha aérea venezuelana Conviasa, sancionada por Washington, foi apreendido em Junho último depois de aterrar no Aeroporto de Ezeiza (Buenos Aires), proveniente do México, com uma tripulação de 14 venezuelanos e cinco iranianos, indica a TeleSur.

Segundo afirmaram as autoridades de Caracas, participava em diversas tarefas de ajuda humanitária na região, em resposta a desastres naturais. Em declarações recentes, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reafirmou que o avião não incorreu em nenhuma ilegalidade, garantindo que se trata de uma manobra contra o seu país.

Há três meses que o avião não pode sair da Argentina, não existindo qualquer julgamento pendente contra nenhum dos elementos da tripulação, disse Maduro.

O chefe de Estado mostrou-se confiante de que, mais cedo ou mais tarde, será feita justiça e será desmontada a manobra promovida pelos Estados Unidos e pela Agência Federal de Investigação (FBI), em conivência com a Justiça argentina, em virtude de um tratado de assistência jurídica mútua firmado em 1991 entre Washington e Buenos Aires.

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