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Sindicato faz denúncia ao Papa sobre exploração de trabalhadores imigrantes em Fátima

Em missiva enviada ao Papa Francisco, o SHC/CGTP denuncia a exploração de emigrantes «que vivem e trabalham sem as condições de dignidade que deveriam ter», incluindo em unidades hoteleiras de congregações religiosas em Fátima.

CréditosAntónio Cotrim / Agência Lusa

«Em Fátima, deparámo-nos [o Sindicato de Hotelaria do Centro (SHC/CGTP)], nos últimos anos, com situações muito graves, que constituem atropelos aos direitos dos trabalhadores(as)». Mas nem mesmo «uma grande oposição ao desenvolvimento da actividade sindical, tem impedido o nosso Sindicato de denunciar as situações de irregularidades e o apoio, informando e encaminhando os trabalhadores para a melhor defesa dos seus direitos».

Esta é uma das várias denúncias que o SHC, que acompanha o sector da Hotelaria na região centro, fez chegar ao Papa Francisco, aproveitando a sua presença em Portugal (e visita a Fátima) no contexto das Jornadas Mundias da Juventude. Os sindicalistas lamentam que estas preocupações, que já eram do conhecimento da Igreja portuguesa (o sindicato expôs a realidade laboral do sector em 2017, numa reunião com o Cardeal António Marto, então Bispo de Leiria/Fátima), tenham ficado sem resposta.

Os grandes empreendimentos turísticos não param de aparecer, e com eles crescem «as incertezas diárias na vida dos trabalhadores contratados, quase sempre em situação precária e algumas situações de salários em atraso, acabando alguns na insolvência». Nos últimos dois anos, destaca-se ainda o aumento significativo do recurso á mão de obra emigrante no Hotelaria e Turismo, a que o patronato recorre para pagar, ilegal e clandestinamente, menos à sua força laboral.

«Oriundos sobretudo de países do continente africano, mas também do Brasil, Índia e do Nepal, que vivem e trabalham sem as condições de dignidade que deveriam ter». Algumas unidades hoteleiras em Fátima, com gestão e capital de congregações religiosas, são dessas instituições que recorrem a estas formas de exploração de uma camada da população extremamente fragilizada: «achamos que o exemplo deve começar dessas, para as restantes do sector empresarial puro e duro, onde as situações são mais complicadas».

«Os patrões e responsáveis governamentais falam todos os dias acerca dos recordes no sector do turismo português relativos ao número de hóspedes, de dormidas e de proveitos. Infelizmente, nem patrões nem Governo falam de recordes de precariedade, baixos salários, trabalho ilegal e clandestino, trabalho suplementar não pago e violação geral de direitos que se abate sobre os trabalhadores do sector da hotelaria e turismo»: as jornadas são uma oportunidade única de o Papa se juntar a esta luta, pressionando as instituições por uma justa repartição da riqueza.

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