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Sindicalistas ameaçados pelo provedor da Santa Casa de Vila Verde

Não há duas sem três. Depois de, em 2023, ter chamado a polícia contra grevistas e ameaçado quem recusou, semanas depois, a submeter-se a ilegalidades, os responsáveis da Santa Casa de Vila Verde voltaram a ameaçar sindicalistas.

Créditos / antenaminho

Às 8h da manhã de hoje, 4 de Abril de 2024, o Sindicato de Hotelaria do Norte (SHN/CGTP-IN) realizou uma acção de denúncia junto à porta do Hospital de Vila Verde, gerido pela Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde, distribuindo pelos utentes um comunicado com a longa lista das discriminações (salariais e de direitos) que os trabalhadores da instituição enfrentam.

O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde não gostou de ver os abusos que comete contra os trabalhadores expostos em público e tentou obrigar os seis dirigentes sindicais a abandonar o local, ameaçando chamar a polícia se não o fizessem. Os sindicalistas, no entanto, «mantiveram-se firmes» e realizaram a acção até ao último panfleto.

«Já não é a primeira vez que o provedor desta misericórdia tenta pôr em causa a liberdade sindical ou a liberdade de manifestação», explica o comunicado do SHN divulgado hoje, a que o AbrilAbril teve acesso. Na última greve, em Agosto de 2023, a instituição «também tentou expulsar da porta do hospital dezenas de trabalhadores que protestavam contra os baixos salários e a violação dos direitos».

«O provedor pensa que estamos ainda antes do 25 de Abril, tempos em que os patrões chamavam as autoridades para expulsar os manifestantes e os sindicalistas, mas não conseguiu, nem conseguirá, intimidar os dirigentes sindicais de classe que lá se encontravam».

Trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde são discriminados pela instituição. Salários e direitos

«Há trabalhadores com a mesma categoria profissional e a mesma antiguidade que recebem menos 100 euros mensais». É o caso, destaca o SHN, das auxiliares de acção médica: uns trabalhadores recebem 820 euros e outros recebem 927. Esta Misericórdia «também discrimina os trabalhadores no subsídio de refeição, pois uns recebem 4,27 euros diários e outros, 4,70».

A proposta de regularização (pelos valores mais elevados) apresentada pelo sindicato foi rejeitada pela Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde. As diuturnidades, idem. «As escalas de horário são alteradas sem o acordo dos trabalhadores e estes não conseguem conciliar a actividade profissional com a sua vida pessoal e familiar»: há quem trabalhe 36, 37 ou 38 horas semanais e outros 40. A proposta sindical de uniformizar as 35 horas para todos, foi igualmente recusada pela Misericórdia.

O sindicato chamou a atenção para todas as irregularidades, mas a Misericórdia não regularizou nenhuma e recusa-se a reunir com os representantes dos trabalhadores, contra quem já, por várias vezes, tentou usar a polícia para ameaçar e atacar o SHN. 

«Não conseguiu, nem conseguirá, intimidar os dirigentes sindicais de classe que lá se encontravam». O SHN vai insistir com um novo pedido de reunião. Se a Misericórdia recusar, os trabalhadores não terão alternativa e avançarão com «outras formas de luta».

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