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|8 de Março

Mulheres com deficiência mais expostas à pobreza

A Associação Portuguesa de Deficientes (APD) denuncia que as mulheres com deficiência estão mais expostas à pobreza e à marginalização e enfrentam mais barreiras para fazer cumprir os seus direitos. 

Créditos / APD

«As mulheres com deficiência sofrem uma dupla discriminação: a discriminação de género e a discriminação causada pela deficiência», alerta a organização num comunicado enviado ao AbrilAbril. As desigualdades que afectam a vida das mulheres têm maior expressão nas mulheres com deficiência, que, lê-se no texto, «estão também em maior risco de violência, abuso e abandono».

As barreiras que enfrentam para fazer cumprir os seus direitos, «que podem ser arquitectónicas, físicas, de atitude, comunicação e informação», manifestam-se também através da falta de recursos e de um acesso aos serviços que não corresponde às suas necessidades, observa a APD.

Neste sentido, e aproveitando a oportunidade do Dia Internacional da Mulher, que hoje se assinala, a estrutura exige que o Estado adopte as medidas económicas e sociais necessárias para a promoção da igualdade, de acordo com o recomendado na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

O aumento do custo vida, outro dos aspectos que nos últimos meses tem vindo a agravar as dificuldades quotidianas das mulheres, atinge, em particular, as mulheres com deficiência, «duramente atingidas no seu poder de compra e no rendimento disponível para fazer face às necessidades que se impõem».

O Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE, na sigla em inglês) revelava, em 2018, que os rendimentos mensais dos homens e das mulheres com deficiência eram cerca de 5% inferiores aos das pessoas sem deficiência, sublinhando então que, em média, independentemente de terem ou não uma deficiência, as mulheres europeias auferiam salários inferiores aos homens em cerca de 30%.

«A actual conjuntura internacional e a situação das mulheres no nosso país dá-nos a firme convicção que as mulheres têm muitas razões para lutar, impondo-se o combate ao agravamento das suas condições de vida e de trabalho e a denúncia dos seus problemas», defende a associação, alertando para a necessidade de «exigir e lutar pela concretização de uma vida melhor, de medidas e políticas que tornem os seus direitos uma realidade e contribuam para autonomia e emancipação das mulheres».

A Associação Portuguesa de Deficientes, que no sábado se junta à  manifestação nacional do 8 de Março, promovida pelo Movimento Democrático de Mulheres (MDM), recorda ainda que este é também um dia de afirmação da importância da paz, «contra todas as guerras, nas quais as mulheres são as vítimas mais sofredoras deste flagelo, sem contar com o aumento de pessoas com deficiência que estas trazem».

«O Dia Internacional da Mulher é uma data que traduz a história secular de luta das mulheres por direitos cívicos, sociais, económicos e políticos e contra todas as discriminações e desigualdades. Permanece como um símbolo da luta emancipadora das mulheres do mundo inteiro», lê-se na nota.

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