(function(i,s,o,g,r,a,m){i['GoogleAnalyticsObject']=r;i[r]=i[r]||function(){ (i[r].q=i[r].q||[]).push(arguments)},i[r].l=1*new Date();a=s.createElement(o), m=s.getElementsByTagName(o)[0];a.async=1;a.src=g;m.parentNode.insertBefore(a,m) })(window,document,'script','https://www.google-analytics.com/analytics.js','ga'); ga('create', 'UA-77129967-1', 'auto'); ga('require', 'GTM-NLPH4K8'); ga('send', 'pageview');

Siga-nos

|benefícios fiscais

Governo cria unidade para acompanhar benefícios fiscais e vende-a como uma «reforma»

Havia opções em cima da mesa: ou colocar termo a um injusto regime de benefícios fiscais ou acompanhá-los. O Governo PS preferiu a segunda e vendeu-a como uma «reforma» que na prática nada muda, mantendo todo o regime de privilégios. 

CréditosAntónio Pedro Santos / Agência Lusa

É uma recomendação de Bruxelas e só por isso está tudo explicado. O Governo anunciou a criação de uma unidade técnica para acompanhar os benefícios fiscais. A justificação para o que foi chamado de «reforma» prende-se com a reprogramação que Portugal submeteu a Bruxelas e que aumenta o Plano de Recuperação e Resiliência de 16,6 mil milhões de euros para 22,2 mil milhões.

O aumento de 33,7% agora de cumprir 501 metas e marcos, antes tinha que só cumprir 341. A verdade é que esta medida é apenas uma manobra de marketing que visa somente aligeirar o clima de suspeita que paira sobre o Governo, nomeadamente a suspeita de abusos de poder e corrupção. Apesar da manobra de marketing, dada natureza da corrupção, e esta estar umbilicalmente ligada à promiscuidade entre o sector público e privado e à submissão do Estado ao poder económico, uma unidade técnica nada mudará, apenas comprovará a existência dum amplo regime de privilégios e benefícios que são dados às grandes empresas.

A ideia, segundo Mariana Vieira da Silva, é promover «um sistema fiscal mais simples e transparente», ficando então para registo a ausência da palavra «justo». Todo este processo  de reprogramação representa um reforço de 5,6 milhões de euros face ao PRR inicial — 2,4 mil milhões de euros em subvenções e 3,2 mil milhões em empréstimos.

A medida também confirma que os apoios, a serem distribuídos, serão dados, em grosso modo, às grandes empresas e não às micro, pequenas e médias empresas, as mesmas que não beneficiam dos tais benefícios fiscais. 
 

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui