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|Paleontologia

Pegada de dinossauro com 154 milhões de anos descoberta na Figueira da Foz

O fóssil considerado pelos especialistas como «excepcional» foi encontrado por mero acaso, na sequência de trabalhos de movimentação de terras na encosta sul da Serra da Boa Viagem.

CréditosJosé Luís Sousa / Agência Lusa

A pedra com o fóssil de 35 centímetros nela encastrado foi descoberta junto à estrada anexa ao terreno, e chegou ao conhecimento dos geólogos por Eduardo Leitão.

Vanda Faria dos Santos, investigadora do Departamento de Geologia (Instituto D. Luiz) da Universidade de Lisboa e especialista em pegadas de dinossauro, sublinha o «reconhecimento» da comunidade científica para com quem encontrou o fóssil, uma vez que «não foi egoísta e teve interesse em partilhá-lo e torná-lo público».

Os proprietários do terreno não se opuseram à presença dos investigadores e ao transporte da pedra para o Museu Municipal da Figueira da Foz, onde, em breve, estará em exposição.

Sobre a pegada fossilizada, onde são visíveis três garras, Vanda Santos observa que «o facto de ser bastante mais comprida do que larga, leva a pensar num [dinossauro] carnívoro», do período do Jurássico Superior.

Na altura, há 154 milhões de anos, o que hoje é a encosta da serra da Boa Viagem virada para a Figueira da Foz, seria, segundo os especialistas, os meandros de cursos de água que atravessavam aquele local, o delta de um rio com vários canais, por onde os dinossauros se passeavam junto às margens.

Questionado pela Lusa sobre a zona em causa, o geólogo Pedro Callapez, do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra (UC), explica que então «só existia um bocadito do Atlântico Norte», oceano que se começou a formar há 215 milhões de anos.

O geólogo da UC, que é mestre em Geociências e doutorado em Paleontologia, aponta o fóssil «singular, que não se encontra todos os dias» da pegada de dinossauro, destacando-lhe a relevância científica, patrimonial, lúdico-turística e educativa.

A pegada agora encontrada sucede a várias outras descobertas naquela região, nomeadamente identificadas na zona do Cabo Mondego, para onde está prevista a constituição do chamado Geopark do Atlântico.

Vanda Santos recorda o trabalho «pioneiro», ali desenvolvido, no final do século XIX e início do século XX, por Jacinto Pedro Gomes, que permitiu que os fósseis encontrados fossem colocados no Museu Geológico de Lisboa, situação que a autarquia da Figueira da Foz pretende ver revertida.


Com agência Lusa

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