Trabalhadores do Centro Nacional de Pensões lutam por condições dignas

Realizou-se hoje uma concentração, com meio dia de greve, dos trabalhadores do Centro Nacional de Pensões (CNP), que protestaram contra a degradação das condições de trabalho e exigiram a contratação de mais trabalhadores.

Trabalhadores do Centro Nacional de Pensões concentrados na sede do Instituto de Segurança Social, Instituto Público
Créditos / Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas

Os trabalhadores do Centro Nacional de Pensões, na concentração realizada hoje na sede do Instituto de Segurança Social, Instituto Público (ISS, IP), aprovaram uma moção onde expõem os seus problemas e reivindicações.

O documento dá conta que o número de trabalhadores tem vindo a ser reduzido de forma acentuada, devido ao elevado número de aposentações e a sucessivos pedidos de mobilidade, «em muitos casos por ser já insuportável a muitos trabalhadores continuar no CNP nas actuais circunstâncias». Queixam-se do facto de que tal situação não ter sido compensada por efectivas medidas de recrutamento. Recorre-se, de forma generalizada, a trabalhadores no âmbito dos Contratos de Emprego-Inserção (CEI), que os trabalhadores consideram que «não é uma resposta efetiva ao problema, dadas as condições precárias em que os mesmos são colocados».  

Recorre-se, de forma generalizada, a trabalhadores no âmbito dos Contratos de Emprego-Inserção (CEI), que os trabalhadores consideram que «não é uma resposta efetiva ao problema, dadas as condições precárias em que os mesmos são colocados».

São vários os exemplos reportados sobre as condições de trabalho. Não há meios materiais nem humanos para dar resposta ao volume de trabalho, tanto na área nacional como internacional. O refeitório foi encerrado e não foi encontrada uma solução alternativa, sendo os trabalhadores «forçados em muitos casos a comer nas suas secretárias».

A falta de recursos materiais traduz-se na «escassez de impressoras, fotocopiadoras, toner». Quanto às condições dos espaços físicos, os trabalhadores queixam-se das salas sem arejamento e com deficiente iluminação, «atulhadas de processos quer em cima das secretárias quer em zonas de circulação», e do ar condicionado avariado sem manutenção atempada e adequada, com consequências na saúde física e psíquica.

Com estas condições, os trabalhadores consideram que «não é possível um atendimento digno e atempado aos beneficiários que trabalharam uma vida e não vêem a resposta célere a que tem direito».

Quanto às condições dos espaços físicos, os trabalhadores queixam-se das salas sem arejamento e com deficiente iluminação, «atulhadas de processos quer em cima das secretárias quer em zonas de circulação», e do ar condicionado avariado sem manutenção atempada e adequada.

De acordo com a moção, os manifestantes exigem aos responsáveis do ISS, IP e ao Ministério do Trabalho e Segurança Social respostas imediatas no sentido da resolução destes problemas, com uma resposta rápida, «que assegure condições de trabalho dignas aos trabalhadores do CNP».

Também será dado conhecimento do conteúdo desta moção aos grupos parlamentares, à Secretaria de Estado da Segurança Social e ao Ministro do Trabalho e Segurança Social. Esteve presente na concentração Diana Ferreira, deputada do PCP.

Sebastião Santana, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, informou o AbrilAbril de que o presidente do ISS, IP, Rui Fiolhais, disponibilizou-se para marcar uma reunião com o objectivo de aprofundar as questões e resolver desde já alguns problemas. O dirigente sindical informa que os trabalhadores estão disponíveis para continuar com outras acções de protesto caso não seja dada resposta às suas reivindicações.

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