|CESP

Lutar dá frutos e trabalhadores da Santa Casa de Viana do Castelo confirmam-no

A portaria de extensão do contrato colectivo de trabalho dos trabalhadores das IPSS está finalmente a ser aplicada aos funcionários da Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo, revela sindicato. 

Dezenas de trabalhadores e activistas do CESP concentraram-se hoje, 12 de Maio de 2023, em frente à sede da União das Misericórdias Portuguesas e no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em Lisboa, reivindicando a aplicação da portaria que foi publicada em Novembro de 2022 e consagra aumentos salariais, diuturnidades e pagamento do trabalho nos dias feriados. 
Créditos / CESP

Há mais de meio ano à espera, a resposta por que lutaram, e que lhes dá melhores condições de trabalho, surgiu finalmente. A informação foi avançada ontem pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN).

A estrutura revela, numa nota à imprensa, que a portaria de extensão do contrato colectivo de trabalho (CCT) dos trabalhadores das instituições particulares de solidariedade social (IPSS) está finalmente a ser aplicada aos funcionários da Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo. O aumento dos salários e a redução de horário de acordo com a categoria profissional (de 37 a 38 horas) são algumas das disposições do CCT que a Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo passa a aplicar.

Mas há outros direitos com que estes trabalhadores contam agora, como o pagamento a 100% por trabalho em dias feriado e o pagamento de diuturnidades, a 21 euros cada.   

No passado dia 9 de Junho, trabalhadores das misericórdias concentraram-se diante da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), em Lisboa, para exigir melhores condições de salário e de trabalho, num dia de greve nacional no sector. Filipa Costa, presidente do CESP, denunciava então a existência de instituições que «insistem que [a portaria] não é para aplicar».

Algumas, disse a responsável, não aplicaram totalmente o contrato, nomeadamente na questão das diuturnidades. «Temos discriminações e há diferenças de aplicação da própria portaria de extensão», acrescentou, aproveitando para criticar um recente contrato colectivo de trabalho assinado entre a UMP e os sindicatos FNE/UGT, por considerar que «veio instalar ainda mais confusão» e representa o reconhecimento de menos direitos para os trabalhadores.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui