Greve marcada na Empresa Gráfica Funchalense

Os trabalhadores da Empresa Gráfica Funchalense realizam uma greve de 24 horas no próximo sábado, dia 29, e reúnem-se em plenário às 22 horas de dia 28. Protestam contra a recusa patronal de negociar aumentos salariais.

A Empresa Gráfica Funchalense registou um volume de vendas nos seis últimos anos de 24 820 858 euros e lucros de 1 282 572 euros
Créditos / Fiequimetal

Segundo o comunicado do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas (SITE-CSRA), nos últimos oito anos a administração da Funchalense impôs uma forte contenção salarial, «contribuindo para a degradação do nível de vida dos seus trabalhadores e familiares».

Esta empresa, que tem como actividade a impressão de jornais e é propriedade da Global Noticias e da Sociedade Vicra Desportiva, registou um volume de vendas nos seis últimos anos de 24 820 858 euros e lucros de 1 282 572 euros, sempre com resultados líquidos positivos.
 
No entanto, para 2016, a administração colocou aos trabalhadores a mesma indisponibilidade para aumentar os salários, remetendo para o âmbito da negociação colectiva, que segundo os trabalhadores, «a associação patronal boicota há mais de 40 anos».

Perante este posicionamento da empresa, os trabalhadores reunidos em plenário no passado dia 14 de Outubro, decidiram avançar para a forma de luta que se traduz em 24 horas de greve com início à meia-noite do dia 29 de Outubro, sendo precedida de plenário que se inicia às 22h de dia 28 de Outubro.

Para os trabalhadores, a situação financeira da empresa, o aumento do custo de vida e as perdas acumuladas face à inflação, justificam que a administração reveja a sua posição para valores que evitem a continuada desvalorização dos salários.

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