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Greve geral nos CTT pelos direitos dos trabalhadores e pela nacionalização da empresa

Decorre desde a meia-noite uma greve geral nos CTT, que pretende chamar a atenção para os problemas do sector e dos seus trabalhadores.

Em declarações ao AbrilAbril, Vítor Narciso, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN), disse que os trabalhadores esperam conseguir «a atenção da administração» dos CTT para o problema da falta de pessoal, sendo a falta de trabalhadores um dos motivos desta greve. 

Com uma adesão a rondar os 65%, segundo o sindicato, a normalidade do serviço está comprometida. «Consideramos cumprido o objectivo desta greve, que pretende chamar a atenção para o descontentamento dos trabalhadores e para a valorização dos seus direitos», afirmou o dirigente, que dá nota de algumas estações encerradas e de que vários serviços estão a ser assegurados pelas chefias.

Os trabalhadores entendem que a sua luta deve também servir para pressionar o Governo a considerar a nacionalização dos CTT, que foram privatizados em 2014. «Só assim se poderá salvaguardar a qualidade deste serviço», acrescentou o dirigente.

O SNTCT dinamiza esta acção de luta para exigir, além da contratação de pessoal, o fim das perseguições e ameaças aos trabalhadores, quer da distribuição quer do atendimento, a quem são imputadas as dificuldades sentidas na empresa.


No mês de Junho, aquando da convocatória desta greve, foram entregues 5188 assinaturas com a reivindicação pela alteração do estatuto dos carteiros, que pelas exigências da profissão se deveria considerar de desgaste rápido.

O encerramento de estações de correios em vários concelhos é também alvo de protesto por parte do sindicato.

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