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Desde 2009 que estes trabalhadores não têm aumento do salário

Adesão quase total à greve na IP

Os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) realizam esta segunda-feira uma greve de 24 horas por aumentos salariais. Os impactos sentem-se sobretudo no sector ferroviário, no qual grande parte dos comboios estão suprimidos.

Na última greve, só circularam os comboios previstos nos serviços mínimos
CréditosJosé Coelho / Agência Lusa

Os trabalhadores da IP fazem hoje uma greve para exigir aumentos salariais intercalares de 4%, congelados desde 2009. Nas negociações, a posição negativa da administração face aos salários tem gerado um forte descontentamento entre os trabalhadores dos diversos sectores da empresa, que exigem um aumento mínimo de 50 euros.

Em declarações ao AbrilAbril, José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN), afirmou que a adesão é «bastante elevada», sobretudo no sector ferroviário, apesar de também haver efeitos no rodoviário. Durante a manhã, os únicos comboios a circular foram decretados em regime de serviços mínimos, que prevê um mínimo de 25% da circulação.

Apesar dos serviços mínimos, decretados pelo Tribunal Arbitral, a greve teve um grande impacto na circulação dos comboios, tanto no público (CP) como no privado (Fertagus). Nesta última, apenas 16 comboios até às 9h34 de hoje, sete rumo a Lisboa e outros nove rumo a Setúbal. Na CP, só 110 comboios circularam em todo o País.

A greve foi convocada por uma ampla frente de estruturas representativas dos trabalhadores, entre as quais se encontra também o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF/CGTP-IN). 

Num comunicado conjunto descrevem a desvalorização dos salários. «Por exemplo, um salário de 800 euros, para ter o mesmo valor real de 2009, hoje devia ser de 885,58 euros», lê-se no texto.

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