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BCE mantém garrote sobre famílias e empresas

O Banco Central Europeu manteve inalteráveis as taxas de juro, pela terceira vez consecutiva, uma decisão com impacto negativo na vida dos trabalhadores, das famílias e das pequenas e médias empresas.

Sede do Banco Central Europeu, em Frankfurt, Alemanha (foto de arquivo) 
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Esta decisão do BCE, de não baixar as taxas de juro, continuará a afectar mais de um milhão de famílias em Portugal através dos juros elevados e do aumento dos custos dos empréstimos para compra de casa, mas também das micro, pequenas e médias empresas. Por seu lado, a banca continuará a amealhar chorudos lucros.

A política monetária do BCE continua a favorecer a banca e o grande capital financeiro, conforme as conclusões de um estudo do Fundo Monetário Internacional, segundo o qual «os bancos portugueses são dos que melhor conseguem transferir para os clientes as subidas das taxas, assim como atrasar a passagem dos aumentos para os depósitos». Aliás, em Portugal, os lucros dos cinco principais bancos rondam os 12 milhões de euros por dia, em média.

Entretanto, os deputados do PCP no Parlamento Europeu reiteram a urgência de que «a subida das taxas de juro de referência seja revertida e que, no imediato, deverá ser a banca, e não as famílias, a suportar o impacto dos aumentos já decididos». Por outro lado, sublinham que a actual situação socioeconómica é «inseparável dos efeitos de dez aumentos consecutivos das taxas de juro decididos pelo BCE e da manutenção das taxas nos atuais níveis elevados».

Os comunistas chamam ainda a atenção para o facto de «a abdicação de soberania monetária, financeira, cambial e, em larga medida, orçamental», retira a cada Estado os instrumentos necessários para responder adequadamente aos seus problemas sociais e económicos.

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