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Se há lucros no Turismo, então uma parte deve ir para os trabalhadores

O Sindicato da Hotelaria do Algarve exige um aumento salarial mínimo de 15%, nunca inferior a 150€, num sector que a par dos lucros, é também marcado pelos baixos salários e precariedade.

 Sindicato considera que «a elevação salarial no sector do turismo é uma emergência nacional».
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Feita a discussão colectiva após acompanhamento e auscultação dos trabalhadores do sector da hotelaria, o Sindicato da Hotelaria do Algarve reuniu a sua direcção. Na reunião foi analisada a situação social no sector do alojamento, restauração e similares do Algarve e dela saiu a necessidade de dar início à apresentação ao patronato do sector do Turismo das propostas reivindicativas para 2024. 

Claro que este é o objectivo, sendo que a apresentação das propostas será precedida, procurando discussão democrática sempre que possível, da discussão dessas propostas com os trabalhadores para a elaboração dos respectivos cadernos reivindicativos de forma a melhor corresponder à realidade de cada empresa e local de trabalho.

Para o Sindicato da Hotelaria do Algarve, a «política de baixos salários e de precariedade laboral, promovida pelos sucessivos Governos e praticada pelo patronato do sector, e o brutal aumento do custo de vida que se está a verificar, está a empobrecer os trabalhadores ao mesmo tempo que o patronato acumula milhões de euros de lucros». Para o mesmo, é «inaceitável que os trabalhadores, que são quem cria a riqueza, não estejam a usufruir do excelente desempenho e dos resultados alcançados fruto do seu esforço».

Por agora a tarefa que o sindicato aponta como prioritária é a intensificação do trabalho de esclarecimento e mobilização dos trabalhadores para a acção reivindicativa nos locais de trabalho, uma vez que a unidade e a coragem para a luta são o determinante para os cadernos reivindicativos ganharem força negocial.

As exigências são muitas, já que a par do aumento dos salários, reivindica-se a reposição do pagamento do trabalho prestado em dias feriado com o acréscimo de 200%, a regulação dos horários e a sua redução para as 35 horas semanais sem perda de remuneração, ou o gozo de 25 dias úteis de férias. É por isso que a luta terá o papel determinante e quanto mais forte ela for, mais conquistas serão possíveis. 

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