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Portugal registou o quinto maior défice da balança comercial na UE

De acordo com o INE, no que toca à balança comercial na UE e Zona Euro, Portugal registou o quinto maior défice. China é o maior forncedor extra-UE. Alemanha registou o maior excedente.

Relativamente a 2022, o INE destaca que as exportações portuguesas de bens atingiram o valor total “mais elevado de sempre das estatísticas do comércio internacional” com 78,207 milhões de euros e aumentando assim 22,9% face a 2021. Segundo o INE há um «maior dinamismo» nas exportações portuguesas no quadro do conjunto de países da zona Euro.

Relativamente às importações, Portugal registou também «o valor mais elevado de sempre das estatísticas do comércio internacional» com valores que atingem 109.243 milhões de euros, um crescimento de 31,4% face a 2021.

Numa comparação entre exportações e importações verifica-se assim um défice na balança comercial portuguesa que não consegue quebrar o ritmo das importações, algo que pode indicar um país cada vez mais dependente da capacidade produtiva de outros e com uma enorme ausência de soberania. 

Os dados no ano passado indicam ainda que as importações provenientes de países dentro da UE aumentaram 23,9% face a 2021 e na zona euro cresceram 24,3% e fora da UE a China manteve-se como principal fornecedor, passando a ser o quarto principal país parceiro com um peso de 5,1%. 

Este último indicador torna ainda a questão do 5G ainda mais premente já que a Comissão de Avaliação de Segurança, após pressão dos EUA, divulgou uma deliberação sobre o «alto risco» para a segurança das redes e de serviços 5G do uso de equipamentos de fornecedores que, entre outros critérios, sejam de fora da União Europeia, NATO ou OCDE, o que visa atacar directamente a Huawei. Num comunicado enviado à Lusa, o Governo chinês disse que espera «que o lado português proteja os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas e adote medidas práticas para atrair investimento estrangeiro e expandir as oportunidades de cooperação».

Os dados da balança comercial indicam, por fim, que a Irlanda surgiu com o maior peso do excedente no PIB, seguida dos Países Baixos e da Alemanha, que lidera este resultado. Este dado, mais uma vez comprova que o projecto europeu visou salvaguardar os interesses alemães que, neste momento, conseguem manter a sua produção, exportações e a hegemonia económica.
 

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