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Utentes de Alcácer do Sal realizam tribuna pública pelo direito à saúde

A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Alcácer do Sal vai realizar uma tribuna pública junto da Extensão de Saúde de Casebres, esta sexta-feira, pelas 18h.

Hospital do Litoral Alentejano
Créditos / ulsla.min-saude.pt

As razões do protesto são muitas e somam-se às de outros pontos do Litoral Alentejano, cujo hospital de referência, em Santiago do Cacém, vive com falta de médicos e longas listas de espera para a realização de exames, cirurgias e consultas. Para uma cirurgia de Otorrinilaringologia, por exemplo, os utentes aguardam cerca de 500 dias. Na especialidade de Cardiologia, há apenas um médico para 100 mil utentes. 

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Comissões de Utentes do Litoral Alentejano vão receber Ministro da Saúde

A Região do Litoral Alentejano apresenta os piores indicadores em Saúde. Utentes estão fartos de inércia e vão se fazer ouvir para o Ministro entender a indignação.

Participantes durante o último protesto promovido pelas Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, exigindo a reparação do IC1, entre Alcácer do Sal e Grândola, e a conclusão da A26-1, em frente ao Ministério do Planeamento das Infraestruturas, em Lisboa, no passado dia 27 de Outubro.
CréditosAntónio Pedro Santos / Agência Lusa

Segundo a nota de imprensa enviada pela Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano,a Região do Litoral Alentejano apresenta os piores indicadores no que à Saúde diz respeito. A acusação não é feita de forma isolada e os dados apresentados parecem dar-lhe razão.

Cerca de 20000 utentes não têm Médico de Família, há Freguesias que não têm Extensão de Saúde e nas que há, não existem cuidados de enfermagem e o Médico só  lá vai uma vez por mês. A isto acresce ainda o facto de haver Unidades de Saúde visivelmente degradadas, de nas  especialidades no Hospital do Litoral Alentejano os Utentes terem que esperar 500 dias por uma consulta, havendo apenas um Médico Cardiologista para mais de 100000 Utentes, consultas de Pediatria com um ano de espera e havendo ainda camas encerradas nos diversos Serviços de Internamento do Hospital.

De acordo com a Coordenadora das Comissões de Utentes o caso estende-se ainda à maternidade, uma vez que na ausência de uma uma no Hospital do Litoral Alentejano, as grávidas correm sérios riscos, pois o Hospital São Bernardo (Setúbal) e o Hospital José Joaquim Fernandes também têm estes serviços encerrados. A Coordenadora diz que «os bebés do Litoral Alentejano nascem na berma da estrada».

Essencialmente, o que está em causa é falta de investimento e a Coordenadora diz que é indispensável a contratação de Profissionais de Saúde (Médicos, Enfermeiros, Auxiliares, Administrativos, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, entre outros), para dar resposta aos cuidados de saúde necessários.

Dada a calamitosa situação, a Coordenadora exige uma resolução urgente por parte do Governo e como tal anunciou que uma delegação das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano vai entregar ao Ministro da Saúde um documento com as reivindicações dos Utentes da Região, amanhã no Hospital do Litoral Alentejano.

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Também a freguesia de São Martinho, no concelho de Alcácer do Sal, «está a atravessar um mau momento», alerta a comissão de utentes, que tem protesto agendado para sexta-feira, em Casebres. «Os utentes desta freguesia têm apenas consultas médicas um dia por semana e apenas numa parte do dia», realça numa nota enviada ao AbrilAbril, sublinhando que a situação agrava-se quando «o médico está doente ou está de férias» e não há ninguém que o substitua. 

Em toda a região há cerca de 20 mil utentes sem médico de família. 

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