Os sindicatos LAB, ELA, Steilas, CCOO e UGT convocaram uma jornada de greve para 3 de Abril, que envolve cerca de 10 mil docentes no sector da Educação pública de Navarra, reclamando melhores salários, condições e uma negociação «real».
O anúncio à imprensa foi feito esta segunda-feira, em Pamplona, por Oihana Goiogana, do ELA, Diana Bruño, do Steilas, Pilar García, do CCOO, Isabel Fernández, da UGT, e Oihane Jordana, do LAB.
De acordo com as estruturas sindicais, a greve deve-se à «total falta de reacção por parte do governo navarro e, concretamente, do Departamento da Educação às reivindicações colocadas» na greve da Função Pública de 15 de Fevereiro.
Entre estas, contam-se a diminuição do número de alunos nas salas de aula em todas as etapas de ensino; o aumento dos salários relativamente ao índice de preços ao consumidor e a recuperação do poder de compra perdido desde 2010 (20%).
Também a defesa da carreira profissional para todos; a diminuição da precariedade real e a diminuição da sobrecarga laboral, de modo que os docentes possam dedicar mais tempo às «necessidades educativas reais dos alunos».
Não se pode brincar com o direito à educação pública, nem com a negociação colectiva
Sublinhando que a concretização destas reivindicações irá «melhorar as condições de trabalho dos docentes» e «repercutirá directamente numa melhoria substancial do serviço público que oferecem», as estruturas sindicais exortaram os centros de ensino a promover a adesão à greve «para que o Departamento de Educação saiba em primeira mão e tenha noção do mal-estar existente nas escolas e institutos», refere o Diario de Noticias de Navarra.
«Apesar dos serviços mínimos abusivos que são impostos nos centros de ensino, o nosso sector foi o que registou uma maior adesão» à greve de 15 de Fevereiro, destacaram, tendo ainda denunciado que, na actual legislatura, os representantes sindicais na mesa de negociações foram «ignorados por completo» e que «se pretendeu transformar o principal instrumento para a negociação colectiva num mero órgão consultivo», em vez de ser o espaço onde se negoceiam as condições de trabalho.
Neste sentido, desafiam o governo navarro a levar a efeito uma «negociação real» e afirmam que, enquanto esta não existir e as reivindicações não tiverem resposta, vão prosseguir com a dinâmica de mobilização. «Porque não se brinca com o direito à educação pública, gratuita e de qualidade», frisam.
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