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Inspectores do SEF exigem ao Governo que ponha «a ANA na ordem»

O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF acusa a Vinci Airports, detentora da ANA Aeroportos, de não estar a assegurar «condições aceitáveis» de trabalho no Aeroporto de Lisboa.

Há 10 anos havia 120 inspectores do SEF no aeroporto de Lisboa e hoje são 280CréditosMário Cruz / Agência Lusa

Em comunicado, o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF) acusa a Vinci Airports, que adquiriu a ANA Aeroportos em 2012, na sequência da privatização encetada pelo governo do PSD e CDS-PP, de estar a negar aos inspectores as necessárias «condições mínimas» para a realização do seu trabalho.

O SCIF denuncia que, no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, a Vinci Airports não está a atribuir aos inspectores do SEF «salas condignas para as suas refeições, restringindo-lhes as áreas comuns, mantendo as mesmas salas de entrevistas e as mesmas instalações sanitárias do tempo em que o trânsito aeroportuário era um terço do actual».

Além disso, a estrutura sindical acusa a administração da ANA de não ter criado espaços adequados ao controlo de passageiros, «vingando-se dos inspectores do SEF através de instalações que não lhes concedem e das dificuldades que lhes criam», pelo que «não tolera este comportamento».

Nesse sentido, «se o Governo não puser a ANA na ordem e se não garantir aos inspectores do SEF condições mínimas para que estes exerçam o seu trabalho em condições aceitáveis de eficiência e de dignidade mínimas», o SCIF afirma que «irá recorrer a todos os meios legais de luta sindical ao seu dispor para defender os seus associados».

«Os franceses do grupo Vinci, bem como os serventuários nacionais que para eles trabalham na administração, são os mesmos responsáveis que prejudicam o País desde que têm a concessão dos aeroportos portugueses», lê-se ainda no comunicado.

A ANA é a empresa responsável pela gestão de dez aeroportos em Portugal Continental (Lisboa, Porto, Faro e Terminal Civil de Beja), na Região Autónoma dos Açores (Ponta Delgada, Horta, Santa Maria e Flores) e na Região Autónoma da Madeira (Madeira e Porto Santo).

Com agência Lusa

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