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Bombeiros sapadores contestam «destruição da carreira»

Cerca de 200 bombeiros sapadores e municipais realizaram esta segunda-feira uma concentração de protesto, em Lisboa, contra as alterações laborais do Governo, admitindo uma nova greve a 21 de Janeiro.

Concentração dos Sapadores Bombeiros de Lisboa junto do Ministério do Trabalho e Segurança Social, Lisboa, 14 de Janeiro de 2019
CréditosMIGUEL A. LOPES / LUSA

A concentração de protesto, realizada esta tarde junto ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML/CGTP-IN). Apesar disso, houve grupos de bombeiros de outras regiões presentes no protesto.

No protesto ruidoso, com buzinas, apitos e sirenes, os profissionais exibiram ainda faixas com «Bombeiros com 60 anos! Quem salva quem?» ou «Bombeiros sapadores dizem não à destruição da carreira e da aposentação».

Em causa está a decisão unilateral do Governo de avançar com alterações ao regime de carreira e aposentação, sem qualquer negociação prévia. Entre as medidas, os diplomas prevêem um aumento da idade de reforma para os 60 anos e a redução dos salários. Como exemplo, afirmam que um bombeiro em início de carreira fica a receber menos que o salário mínimo nacional.

Segundo António Pascoal, dirigente do STML, o aumento da idade da reforma pode vir a prejudicar o socorro que é prestado às populações, tendo em conta o esforço físico necessário, enquanto que os baixos salários podem vir a afastar candidatos da profissão.

Além de terem entregue uma carta reivindicativa ao Governo, aprovada por unanimidade durante o protesto, os sapadores apresentaram ainda um pré-aviso de greve de 15 dias, desde da meia-noite de 22 de Janeiro até 5 de Fevereiro. Uma manifestação nacional está marcada para esta quinta-feira.

Com agência Lusa

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