No passado dia 17, o executivo da Câmara Municipal de Avis (CDU) foi informado por um funcionário dos CTT da intenção de transformar a estação num posto dos Correios. Desde então, o processo andou em velocidade de cruzeiro.
O presidente da autarquia, Nuno Silva, recorda que, na passada quinta-feira, foram retirados equipamentos e materiais e que, no dia seguinte (26), «já estava um privado à frente dos Correios».
Os serviços até agora prestados pelos Correios, com recurso aos seus próprios trabalhadores, passaram a ser realizados por um agente privado que assume a gestão da recepção do correio e de encomendas, a gestão do serviço de vale postal (pensões e reformas) e outros serviços.
A situação agrava-se pelo facto de, simultaneamente, encerrar a Loja do Cidadão que funcionava naquele espaço, tendo em conta o «desinvestimento na rede de transportes públicos e na rede viária».
Numa tomada de posição, em 24 de Outubro, a Câmara Municipal de Avis lamentava que existisse somente uma estação dos Correios na sede de concelho, uma situação «extremamente lesiva» para a população, «muita dela envelhecida e com dificuldades de mobilidade».
Denunciava, por outro lado, que os serviços foram «paulatinamente transferidos para particulares ou para as autarquias locais, à custa do seu orçamento».
O Município reclama do Governo do PS uma tomada de posição a fim de retomar o controlo público dos CTT que, defende, «é a única forma de garantir o serviço público e universal dos Correios», e manifesta a sua solidariedade com os trabalhadores.
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