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Centristas insistem em menos Estado e mais negócios

A líder do CDS-PP apresentou este sábado, em Ermesinde, as propostas do seu partido para o próximo Orçamento do Estado, com especial ênfase nas matérias fiscais.

CréditosManuel Fernando Araújo / Agência Lusa

Depois do brutal aumento de impostos para quem trabalha e trabalhou aplicado pelo governo do PSD e do CDS-PP, do qual foi ministra, Cristas vem agora defender uma redução de taxas, ainda que mantendo o número de escalões, e a reintrodução do quociente familiar que, no passado, contribuiu para aumentar o imposto pago pelos contribuintes.

Ao mesmo tempo, Assunção Cristas garantiu ainda que continuará «a batalhar pela baixa do IRC, que provou no passado recente ter efeitos virtuosos», mas que está na origem dos baixos impostos pagos pelas grandes empresas, como comprova, entre outros, o caso da EDP, que deveria ter pago 448,7 milhões de euros e apenas desembolsou 10,3 milhões de euros.


Já quanto à proposta de redução do valor dos passes sociais, a líder centrista contrapôs com a redução da sobretaxa do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), considerando apenas este elemento como factor para a subida do gasóleo e da gasolina, não se referindo a quaisquer práticas desenvolvidas pelas empresas do sector.

No rol de propostas apresentadas ontem no Parque Urbano de Ermesinde, Assunção Cristas abordou a questão da natalidade e prometeu avançar com «propostas em matéria de conciliação trabalho/família» e a exigência de uma «cobertura total de creches, contratualizando nomeadamente com o sector privado» reforçando a defesa do alargamento dos horários destas instituições, em jeito de resposta à desregulamentação dos horários de trabalho dos pais.

Na Justiça, cuja privatização tem a marca dos centristas, Cristas disse que o partido está «a trabalhar em questões estruturais, mesmo se implicarem uma revisão constitucional».

A «rentrée» do CDS-PP contou ainda com a intervenção do eurodeputado Nuno Melo, a quem coube criticar o primeiro-ministro António Costa, mas também o BE e o PCP.

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