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Vagas nas especialidades não se preenchem com o Governo a tapar o sol com a peneira

No SNS, o Governo procura tapar o sol com a peneira aumentando o número de vagas para especialistas. Para a FNAM, sem se melhorarem as condições de trabalho e as tabelas remuneratórias, nada se resolve e essa é escolha do Governo.

CréditosPaulo Cunha / Agência Lusa

Sobre o SNS há já um conjunto de elementos que são de domínio público: os Hospitais estão degradados, as urgências num estado calamitoso, os profissionais são desvalorizados e o financiamento que resolvia todos os problemas está a ir para os grupos privados do negócio da doença. 

Há, no entanto, um elemento comum a tudo o que se sabe: é o Governo do PS que opta por manter todos os problemas, mantendo toda a sua política de direita. Surge então mais um exemplo que serve para perpetuar a situação que se prende com o aumento das vagas para as especialidades. 

Para a FNAM, «à semelhança do que testemunhamos nas vagas abertas para o internato médico, onde um quinto das 2 mil vagas ficaram por preencher, é pouco provável que as vagas abertas para os especialistas encontrem os candidatos necessários para suprir as carências no SNS».

Com isto, a estrutura representativa dos médicos procura demonstrar que sem se resolverem os problemas de fundo do SNS e dos seus profissionais, não se pode esperar que as vagas sejam preenchidas. Importa recordar que os médicos portugueses são os mais mal pagos a nível europeu e com condições de trabalho cada vez mais degradadas.

«Os jovens especialistas sabem que os espera um novo regime de trabalho, a dedicação plena, publicada sem o acordo dos médicos e que obriga a mais 4 meses de trabalho/ano que os resto dos profissionais, que inclui 40h de trabalho normais, o aumento do trabalho suplementar para 250h/ano, o aumento medieval da jornada diária para 9h/dia, o fim do descanso compensatório e o trabalho ao sábado para quem não faz urgência», salienta a FNAM.

A par disto, surge também alguma incompreensão face às especialidades cujas vagas abriram, uma vez que «não se percebe como em áreas tão carentes como a anatomia patológica, medicina física e reabilitação e medicina do trabalho não foram abertas quaisquer vagas».

O modelo de contratação parece ser outro elemento que levanta problemas, pois ao contrário da Medicina Geral e Familiar e da Saúde Pública, a contratação a nível hospitalar, vai ser directa, sem qualquer concurso ou escrutínio, ficando ao critério de cada instituição ou director de serviço, algo que levanta problemas de transparência. 
 

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