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|Impostos

Na descida do IRS do Governo o «I» é de «Ilusionismo»

Foi hoje discutida na Assembleia da República a tão afamada descida do IRS do Governo que não passa de um engodo. Miranda Sarmento, ministro das Finanças, não apareceu no debate. No seu lugar, o ministro dos Assuntos Parlamentares pouco ou nada esclareceu. 

Tem sido quase unânime a condenação pública ao Governo pela sua manobra publicitária em relação aos impostos. A realidade comprovou que, apesar da direita ter sempre os impostos na boca, a descida efectiva e real só se aplica para as grandes empresas.

Foi a própria AD a meter-se em problemas, com um jogo retórico que demonstra a falta de seriedade para governar. Em campanha prometeram uma descida de IRS que era para valer 1500 milhões de euros, a realidade é que só estará prevista uma descida de 200 milhões, sendo que o resto tinha sido já avançado pelo anterior governo. É uma espécie de «vale tudo» quando a questão é enganar os trabalhadores.  

Com base neste jogo de ilusionismo, o Governo foi hoje chamado à Assembleia da República. O ministro que tutela a fiscalidade, Miranda Sarmento, ministro das Finanças, optou por não aparecer, fugindo assim ao confronto. No seu lugar foi Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares. 

O debate foi interessante, não pelo discutido, porque o Governo a nada quis responder, mas pelas posições. A iniciativa Liberal, sabendo que a redução do IRS permite enganar os trabalhadores e afastar aumentos salariais, pediu ao Governo para ir mais longe. O Chega, procurou defender o Governo, atacando a IL e a esquerda. O PSD, agradeceu ao Chega o favor feito e por via de Hugo Soares seguiu a linha de argumentação.

À esquerda, o PS pela voz de Alexandra Leitão, criticou a falta de clareza do Governo, uma evidência aos olhos de todos. Para a mesma, o «alívio fiscal» já estava em andamento e o Governo simplesmente aproveitou. 

Já o Bloco de Esquerda aproveitou para dizer que quem devia estar no parlamento devia ser o primeiro-ministro Luís Montenegro porque foi ele que em campanha eleitoral vendeu uma medida que não corresponde ao debate. A coordenadora do Bloco de Esquerda considerou que não existe um «erro de comunicação», mas sim uma manipulação de números.  

Já o PCP focou a questão num todo. Tomando a palavra, a líder da bancada parlamentar comunista, Paula Santos, acusou a direita de procurar usar a retórica dos impostos para fugir à discussão da justiça fiscal e de quem suporta a maior parte da receita fiscal ser quem vive do seu trabalho e não as grandes fortunas e lucros que ganham com benefícios fiscais. 

Com isto, o PCP procurou ilustrar, como é exemplo com a redução do IRC ou o fim das Derramas, o Governo nunca se engana nos números, não os maquilha, nem faz depender as benesses dos cenários macroeconómicos. 

Face a todas as acusações e perguntas, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, optou por nunca responder, ficando preso ao guião que vende uma realidade paralela típica de um cenário de pós-verdade. 
 

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