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Médicos alertam para carência de recursos humanos

Cerca de duas dezenas e meia de médicos recém-especialistas em Medicina Geral e Familiar enviaram uma carta aberta à ministra da Saúde, chamando a atenção para a carência de médicos de família.

Médicos defendem a diminuição de utentes por médico de família
Médicos exigem que sejam abertas vagas onde há falta de médico de família Créditos / CelosOnline

Estes médicos, que terminaram a especialização na época de Outubro de 2019, dirigiram-se a Marta Temido «após tomarem conhecimento da abertura do procedimento concursal para recrutamento de 120 especialistas em Medicina Geral e Familiar».

Considerando-se candidatos primários a este concurso, os signatários, para além de saudarem «a abertura atempada do procedimento», manifestam a sua apreensão pelo facto de, num total de 120 postos, 70 se situarem «na região de Lisboa e Vale do Tejo, sobrando para o restante território apenas 50. Destes, 21 situam-se na região Norte, 12 no Centro, 11 no Algarve e seis no Alentejo».

Estes recém-especialistas em Medicina Geral e Familiar sublinham ainda o facto de, «sendo conhecida a carência de recursos humanos, especialmente a de médicos de família em todo o território nacional (referindo-se que apenas na Região Norte foram identificadas 70 necessidades de médicos de família), bem como o elevado número de utentes por lista», ser incompreensível que todas estas vagas não sejam colocadas a concurso, «sobretudo considerando que se trata de um concurso aberto aos médicos que, tendo terminado a especialização em épocas anteriores, poderão ocupar parte das vagas agora publicitadas».

Na carta enviada, consideram também que «este concurso não irá colmatar de forma significativa a carência de médicos de família nas diferentes regiões» e exigem «uma política de definição de vagas transparente, que garanta que a cada momento sejam públicas todas as necessidades identificadas de médicos, através das ferramentas informáticas já existentes».

Exigem igualmente que «sejam abertas todas as vagas onde há falta de médico de família, bem como identificados claramente quais os locais carenciados ainda antes da efectiva escolha dos locais de colocação».

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