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|Caixa Geral de Depósitos

Caixa, a grande porta giratória

As cadeiras do conselho de administração da CGD têm sido ocupadas por ex-governantes, dirigentes, militantes e gente ligada ao PSD, ao PS e ao CDS-PP, numa rotação em que o interesse nacional é submetido a interesses partidários e ao poder económico.

Tudo indica que o plano de reestruturação da CGD passa pela redução de trabalhadores e balcões
Tudo indica que o plano de reestruturação da CGD passa pela redução de trabalhadores e balcõesCréditos

A polémica que envolve a actual composição do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) esconde uma realidade: os cargos na gestão do banco público serviram para distribuir lugares de acordo com prioridades que nada têm a ver com os interesses da CGD. Recuámos a 1989, à época da privatização da banca, da criação da União Económica e Monetária e das maiorias absolutas do PSD, com Cavaco Silva como primeiro ministro. Analisámos os dez mandatos que cobrem o período entre 1989 e 2015 e os números são claros: a passagem de ex-governantes, militantes, dirigentes e gente próxima do PSD, do PS e, a partir de 2004, do CDS tem sido regra na gestão da Caixa.

Mas uma análise caso a caso mostra outra realidade: a promiscuidade alastra-se ao regulador – o Banco de Portugal – e à banca privada. O que têm em comum Vieira Monteiro, Mira Amaral, Carlos Santos Ferreira, Tomás Correia e Jorge Tomé? Todos eles foram presidir a bancos privados depois de saíram da Caixa. Na verdade, os três primeiros ainda estão à frente do Santander Totta, do BIC, e do BCP, respectivamente.

Os conselhos de administração da Caixa Geral de Depósitos foram, ao longo dos últimos anos, território ocupado por gente próxima do poder político e económico, que muitas vezes se confundem. Na verdade, a actual composição dos órgãos sociais da Caixa não mostram qualquer ruptura com este passado, pelo contrário. Paulo Mota Pinto, ex-deputado e dirigente do PSD, preside à Assembleia Geral. Rui Vilar, o primeiro presidente do período que abordamos, é vice-presidente do conselho de administração. O presidente, António Domingues, e metade da comissão executiva vieram directamente do BPI para o banco público.

1989-1993

O primeiro mandato de Rui Vilar é também o primeiro em que se impõe o acordo entre o PS e o PSD de divisão das presidências da Caixa e do Banco de Portugal. É o próprio que assume. São os anos em que o governo de Cavaco Silva promove privatizações, nomeadamente no sector financeiro. É neste período que o BPI adquire o Fonsecas & Burnay, metade do Totta & Açores vai para os espanhóis da Banesto e o grupo Mello recupera o seu banco.

Rui Vilar

Rui Vilar

Presidente

PS

Integrou os primeiros governos provisórios, após o 25 de Abril, sendo eleito deputado pelo Partido Socialista e nomeado ministro dos Transportes e Comunicação do primeiro governo de Mário Soares. Foi vice-governador do Banco de Portugal (1978-1985) e presidente do Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa (1985). Depois da passagem pela CGD, presidiu à Galp (2001-2002), à Fundação Calouste Gulbenkian (2002-2012) e à REN (2012-2014).

 

Rui Jorge Martins dos Santos

Vice-Presidente

 

Álvaro Pinto Correia

Vogal

 

Amilcar Junqueira Martins

Vogal

António Vieira Monteiro

António Vieira Monteiro

Vogal

PSD

Integrou a direcção do Banco Português do Atlântico (1970-1974), do Crédito Predial Português (1974-1984) e do Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa (1985-1989). É administrador do Santander Totta desde 2000 e presidente da sucursal portuguesa do banco espanhol desde 2012.

 

Alexandre Sobral Torres

Vogal

 

Rodrigo Marques Guimarães

Vogal

José Falcão e Cunha

José Falcão e Cunha

Vogal

PSD

Sai da CGD para integrar o último de governo de Cavaco Silva, em que assumiu a pasta do Emprego e Segurança Social. Foi deputado até 1999 e secretário-geral do PSD entre 1990 e 1992, cargo em que sucedeu a Dias Loureiro.

 

José Varatojo Júnior

Vogal

Carlos Tavares

Carlos Tavares

Vogal

PSD

Foi secretário de Estado do Tesouro da primeira maioria absoluta de Cavaco Silva e ministro da Economia de Durão Barroso. Entrou na CGD depois de uma breve passagem pela administração do Banco Português do Atlântico, tendo depois exercido cargos no BCP, no Totta & Açores, no Pinto & Sotto Mayor, no Crédito Predial Português e no Santander. É presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) desde 2005.

 

Maria Emília Freire

Vogal

1989
  • 1990: Início da livre circulação de capitais na União Económica Bancária

  • #

    7 de fevereiro de 1992 é assinado o Tratado de Maastricht.

  • #

    1 de Junho de 1989 aprovada II Revisão Constitucional, que retira a irreversibilidade das nacionalizações ocorridas após o 25 de Abril de 1974.

  • #

    São privatizados os bancos Espírito Santo, Fonsecas & Burnay, Totta & Açores, Borges & Irmão, Crédito Predial Portuguê.

1993

1993-1995

É no início deste mandato que a Caixa passa a ser uma sociedade anónima de capitais integralmente públicos. A divisão partidária da administração da CGD alarga-se aos vice-presidentes, com o PSD de Cavaco Silva a colocar os seus na cúpula do banco. O ano de 1995 é marcado pela recuperação do Pinto & Sotto Mayor por Champalimaud, a que juntaria o Totta e o Crédito Predial Português.

Rui Vilar

Rui Vilar

Presidente

PS

Integrou os primeiros governos provisórios, após o 25 de Abril, sendo eleito deputado pelo Partido Socialista e nomeado ministro dos Transportes e Comunicação do primeiro governo de Mário Soares. Foi vice-governador do Banco de Portugal (1978-1985) e presidente do Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa (1985). Depois da passagem pela CGD, presidiu à Galp (2001-2002), à Fundação Calouste Gulbenkian (2002-2012) e à REN (2012-2014).

António Vieira Monteiro e Carlos Tavares

António Vieira Monteiro e Carlos Tavares

Vice-Presidente

PSD

António Vieira Monteiro

António Vieira Monteiro e Carlos Tavares

Integrou a direcção do Banco Português do Atlântico (1970-1974), do Crédito Predial Português (1974-1984) e do Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa (1985-1989). É administrador do Santander Totta desde 2000 e presidente da sucursal portuguesa do banco espanhol desde 2012.

Carlos Tavares

António Vieira Monteiro e Carlos Tavares

Foi secretário de Estado do Tesouro da primeira maioria absoluta de Cavaco Silva e ministro da Economia de Durão Barroso. Entrou na CGD depois de uma breve passagem pela administração do Banco Português do Atlântico, tendo depois exercido cargos no BCP, no Totta & Açores, no Pinto & Sotto Mayor, no Crédito Predial Português e no Santander. É presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) desde 2005.

 

Rui Jorge Martins dos Santos

Vogal

 

Álvaro Pinto Correia

Vogal

 

Rodrigo Marques Guimarães

Vogal

 

José Varatojo Júnior

Vogal

 

Maria Emília Freire

Vogal

 

António Paes Sousa Alvim

Vogal

1993
  • #

    25 de junho de 1994 Bloqueio da Ponte 25 de Abril.

  • #

    1 de Outubro de 1995: PS obbtém maioria relativa nas eleições legislativas, pondo fim a 10 anos de maioria absoluta do PSD. Guterres torna-se primeiro-ministro.

  • #

    É privatizado o Banco Português do Atlântico, maior banco comercial português à data.

1995

1996-1999

Com a mudança de governo, Rui Vilar impõe o respeito pelo acordo de alternância e dá o lugar a João Salgueiro. As alterações no sector financeiro prosseguem, com a adesão de Portugal ao euro. A Caixa vê-se envolvida na compra do grupo Champalimaud pelos espanhóis do Santander, comprando todo o grupo mas mantendo apenas a seguradora Fidelidade, passando o Totta e o Crédito Predial para o Santander, e o Pinto & Sotto Mayor para o BCP.

João Salgueiro

João Salgueiro

Presidente

PSD

A sua primeira passagem pelo governo dá-se durante o regime fascista, como subsecretário de Estado do Planeamento (1969-1971). Foi vice-governador do Banco de Portugal (1974-1975), ministro das Finanças da AD (1981-1983) e deputado do PSD até 1985. Foi presidente da Associação Portuguesa de Bancos e vice-presidente do Conselho Económico e Social.

Alexandre Vaz Pinto e António Vieira Monteiro

Alexandre Vaz Pinto e António Vieira Monteiro

Vice-Presidente

PSD

Alexandre Vaz Pinto

António Vieira Monteiro e Carlos Tavares

Foi ministro do Comércio e Turismo da AD (1981) e vice-governador do Banco de Portugal (1983-1986). Antes de entrar para a CGD foi presidente (1986-1991) e vice-presidente (1992-1996) do Banco Espírito Santo, antes e depois da sua privatização.

António Vieira Monteiro

António Vieira Monteiro e Carlos Tavares

Integrou a direcção do Banco Português do Atlântico (1970-1974), do Crédito Predial Português (1974-1984) e do Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa (1985-1989). É administrador do Santander Totta desde 2000 e presidente da sucursal portuguesa do banco espanhol desde 2012.

 

Rui Jorge Martins dos Santos

Vogal

 

Álvaro Pinto Correia

Vogal

 

José Varatojo Júnior

Vogal

 

Herlânder Santos Estrela

Vogal

 

José Manuel Pereira

Vogal

António Tomás Correia

António Tomás Correia

Vogal

PS

Depois de uma carreira em que passou por vários cargos de responsabilidade na CGD, transitou para o Montepio Geral, depois de aposentado da Caixa. Chegou à presidência da associação mutualista em 2008, cargo que ainda mantém. Cedeu a presidência da caixa económico no final de 2015.

 

Alexandre Sobral Torres

Vogal

Almerindo Marques

Almerindo Marques

Vogal

PS

Foi secretário de Estado da Administração Escolar (1976-1978) e deputado do PS (1983-1985). Integrou a administração do Banco Espírito Santo (1976-1986), foi presidente do Fonsecas & Burnay (1986-1989) e director do Barclays Portugal (1989-1997). Depois de se aposentar da CGD foi presidir à RTP (2002-2007) e à Estradas de portugal (2007-2011), de onde saiu para administrador da construtora Opway, do Grupo Espírito Santo, tendo comprado essa empresa em 2015.

1996
  • Em 1997 é revogada a lei de delimitação de sectores.

  • #

    É fundado o Banco Central Europeu, a 1 de Julho de 1998

  • #

    10 de Outubro de 1999: o PS é o partido mais votado, mas falha o objectivo da maioria absoluta. Faz um acordo com um deputado do CDS-PP que permite aprovar os Orçamentos do Estado.

1999
Sede da «Caixa» foi inaugurada em 1994

 

 

 

 

 

 

 

2000-2004

O novo milénio traz consigo o alastrar da influência do PS e do PSD a todo o Conselho de Administração: passa a ser difícil encontrar um vogal que não tenha perfil partidário. Acabado o longo processo de privatizações na banca, a Caixa passa a ser o único banco público em Portugal. São os anos da chegada ao governo de duas figuras que marcariam, pelas piores razões, mais de uma década em Portugal e na União Europeia: Durão Barroso e Paulo Portas.

António de Sousa

António de Sousa

Presidente

PSD

Foi secretário de Estado em ambas as maioria absolutas de Cavaco Silva, com várias pastas. Preparou a adesão ao euro como governador do Banco de Portugal (1994-2000). Depois de sair da CGD, integrou a adminsitração da Brisa e European Advisory Board do JP Morgan Chase.

Oliveira Cruz e Mira Amaral

Oliveira Cruz e Mira Amaral

Vice-Presidente

PS PSD

Oliveira Cruz

Oliveira Cruz

Passou pelo Fonsecas & Burnay no início da década de 1970, de onde saiu para o Gabinete da Área de Sines. Foi secretário de Estado do primeiro governo de Mário Soares (1976-1978) e passou pelo Pinto & Sotto Mayor antes de entrar para a administração da CGD (1984-1989). Foi administrador do Banco de Portugal entre 1996 e o regresso ao banco público.

Mira Amaral

Mira Amaral

Ministro de todos os governos de Cavaco Silva, foi eleito deputado pelo PSD em 1995. Antes de chegar à Caixa, foi administrador do BPI (1998-2002). Em Setembro de 2002 passa à situação de aposentação, o que não impediu que tenha passado pela EDP, a Unicer, a Cimpor, a Vista Alegre e a Repsol. Foi presidente do BIC, comprador do BPN após a sua nacionalização, entre 2007 e 2016.

 

Alexandre Sobral Torres

Vogal

António Tomás Correia

António Tomás Correia

Vogal

PS

Depois de uma carreira em que passou por vários cargos de responsabilidade na CGD, transitou para o Montepio Geral, depois de aposentado da Caixa. Chegou à presidência da associação mutualista em 2008, cargo que ainda mantém. Cedeu a presidência da caixa económico no final de 2015.

Miguel Athayde Marques

Miguel Athayde Marques

Vogal

PSD

É administrador da Galp desde 2012. Dirigiu a Bolsa de Valores de Lisboa (2005-2010) e tem passagens pelos conselhos de administração da Jerónimo Martins e da Brisa.

 

Fernando Miguel Sequeira

Vogal

 

Vitor Fernandes

Vogal

PS

José Ramalho

José Ramalho

Vogal

PSD

Fez carreira no Banco de Portugal antes de ingressar na administração da CGD. Manteve cargos de administração em empresas participadas pelo banco público, nomeadamente no ramo segurador, na banco de investimento e nas sucursais em França e no Luxemburgo até 2011. É, desde então, vice-governador do Banco de Portugal.

2000
  • #

    O euro entra em circulação no primeiro dia de 2002

  • #

    17 de Março de 2002: o PSD e o CDS-PP elegem a maioria dos deputados à Assembleia da República e formam governo. Durão Barroso é o primeiro-ministro, Paulo Portas é ministro da Defesa.

  • #

    10 de Dezembro de 2002: greve geral convocada pela CGTP-IN contra o Código do Trabalho de Bagão Félix

2004

 

 

 

 

 

 

 

2004-2004

António de Sousa, que transitara directamente de governador do Banco de Portugal em 2000, mantém a presidência do banco. O mandato foi de curta duração por incompatibilidades entre o presidente e Mira Amaral, que passou a ser o único vice-presidente do conselho de administração da Caixa.

António de Sousa

António de Sousa

Presidente

PSD

Foi secretário de Estado em ambas as maioria absolutas de Cavaco Silva, com várias pastas. Preparou a adesão ao euro como governador do Banco de Portugal (1994-2000). Depois de sair da CGD, integrou a adminsitração da Brisa e European Advisory Board do JP Morgan Chase.

Mira Amaral

Mira Amaral

Vice-Presidente

PSD

Ministro de todos os governos de Cavaco Silva, foi eleito deputado pelo PSD em 1995. Antes de chegar à Caixa, foi administrador do BPI (1998-2002). Em Setembro de 2002 passa à situação de aposentação, o que não impediu que tenha passado pela EDP, a Unicer, a Cimpor, a Vista Alegre e a Repsol. Foi presidente do BIC, comprador do BPN após a sua nacionalização, entre 2007 e 2016

Miguel Athayde Marques

Miguel Athayde Marques

Vogal

PSD

É administrador da Galp desde 2012. Dirigiu a Bolsa de Valores de Lisboa (2005-2010) e tem passagens pelos conselhos de administração da Jerónimo Martins e da Brisa.

José Ramalho

José Ramalho

Vogal

PSD

Fez carreira no Banco de Portugal antes de ingressar na administração da CGD. Manteve cargos de administração em empresas participadas pelo banco público, nomeadamente no ramo segurador, na banco de investimento e nas sucursais em França e no Luxemburgo até 2011. É, desde então, vice-governador do Banco de Portugal.

 

Vitor Fernandes

Vogal

PS

Maldonado Gonelha

Maldonado Gonelha

Vogal

PS

Foi ministro em todos os governos de Mário Soares e deputado do PS (1976-1987). Passou pela administração de várias empresas entretanto privatizadas depois da última experiência governativa, na Petrogal (1986-1988), na Quimigal (1989-1993) e na Covina (1992-1993).

 

António Vila Cova

Vogal

Carlos Costa

Carlos Costa

Vogal

PSD

Apesar de nunca ter sido eleito para cargos públicos, ocupou cargos de destaque na União Europeia desde a adesão de Portugal, em 1986. Foi membro do Comité de Política Económica, da Representação Permanente de Portugal e membro das delegações portuguesas aos conselhos europeus até 1992. Foi ainda chefe de gabinete do comissário europeu João de Deus Pinheiro, nomeado pelo PSD (1993-1999). É governador do Banco de Portugal desde 2010, tendo acompanhado a queda do BES e do Banif.

 

José João Abrantes Coutinho

Vogal

Luís Alves Monteiro

Luís Alves Monteiro

Vogal

PSD

Trabalhou no BPI, no Borges & Irmão, no Fonsecas & Burnay, no Banco de Fomento Nacional e no Banco de Fomento Exterior, ocupando cargos de chefia. Foi secretário de Estado da Indústria de Cavaco Silva (1989-1995).

2004
  • #

    Durão Barroso deixa o governo português para dar início a dez anos como presidente da Comissão Europeia

2004

 

 

 

 

 

 

 

2004-2005

Com a saída da anterior administração, regressa a divisão entre o PSD e o PS no topo da CGD, mas o destaque vai para a entrada do CDS-PP na divisão dos cargos sociais no banco. Celeste Cardona sai do Ministério das Finanças directamente para a administração da Caixa.

Vitor Martins

Vitor Martins

Presidente

PSD

Participou em todo o processo de integração de Portugal na CEE e foi secretário de Estado dos Assuntos Europeus em todos os governos de Cavaco Silva (1985-1995). Coordenou as negociações dos pacotes Delors I e II, do mercado único europeu e do Tratado de Maastricht. Foi presidente da Jazztel Portugal (1999-2002) e administrador da EDP (2003-2004), antes da entrada para a presidência da CGD.

Maldonado Gonelha e João Freixa

Maldonado Gonelha e João Freixa

Vice-Presidente

PS

Maldonado Gonelha

Maldonado Gonelha

Foi ministro em todos os governos de Mário Soares e deputado do PS (1976-1987). Passou pela administração de várias empresas entretanto privatizadas depois da última experiência governativa, na Petrogal (1986-1988), na Quimigal (1989-1993) e na Covina (1992-1993).

João Freixa

João Freixa

Entrou no sector financeira como auditor na Price Waterhouse & Co., saltando para o Barclays em 1985, onde chefiou a sucursal portuguesa (1997-2002). Antes da entrada para a CGD, foi presidente da Bolsa de Valores de Lisboa. Em 2006 ingressou na administração do Banco Espírito Santo, onde se manteve durante o colapso do banco, saindo apenas em Setembro de 2014, já do Novo Banco.

José Ramalho

José Ramalho

Vogal

PSD

Fez carreira no Banco de Portugal antes de ingressar na administração da CGD. Manteve cargos de administração em empresas participadas pelo banco público, nomeadamente no ramo segurador, na banco de investimento e nas sucursais em França e no Luxemburgo até 2011. É, desde então, vice-governador do Banco de Portugal.

 

Vitor Fernandes

Vogal

PS

 

António Vila Cova

Vogal

Luís Alves Monteiro

Luís Alves Monteiro

Vogal

PSD

Trabalhou no BPI, no Borges & Irmão, no Fonsecas & Burnay, no Banco de Fomento Nacional e no Banco de Fomento Exterior, ocupando cargos de chefia. Foi secretário de Estado da Indústria de Cavaco Silva (1989-1995).

Carlos Costa

Carlos Costa

Vogal

PSD

Apesar de nunca ter sido eleito para cargos públicos, ocupou cargos de destaque na União Europeia desde a adesão de Portugal, em 1986. Foi membro do Comité de Política Económica, da Representação Permanente de Portugal e membro das delegações portuguesas aos conselhos europeus até 1992. Foi ainda chefe de gabinete do comissário europeu João de Deus Pinheiro, nomeado pelo PSD (1993-1999). É governador do Banco de Portugal desde 2010, tendo acompanhado a queda do BES e do Banif.

Gracinda Raposo

Gracinda Raposo

Vogal

Celeste Cardona

Celeste Cardona

Vogal

CDS

Foi deputada no Parlamento Europeu entre 1997 e 1999, e na Assembleia da República até 2002, sempre eleita pelo CDS-PP. É nesse ano que chega a ministra da Justiça, de onde sai directamente para a administração da CGD. Depois de se aposentar em 2008, integra os órgãos de sociais da EDP, a partir da última fase de privatização, em 2012.

Norberto Rosa

Norberto Rosa

Vogal

PSD

Ocupou o cargo de secretário de Estado do Orçamento em dois governo (1993-1995 e 2002-2004), sempre indicado pelo PSD. Pelo meio foi director do Banco de Portugal. Enquanto administrador da CGD, presidiu ao BPN depois da nacionalização, acompanhando o processo de entrega ao BIC.

2004
  • #

    20 de Fevereiro de 2005: o PS vence as eleições com maioria absoluta. José Sócrates é nomeado primeiro-ministro.

2005

 

 

 

 

 

 

 

2005-2007

Muda o governo e a administração da Caixa, e o PS passa a ocupar a presidência e a vice-presidência. Mas a divisão pelos três partidos que se vão sucedendo no governo não cessa. Esta é a administração que, em 2008, se mudou de armas e bagagens para o BCP.

Carlos Santos Ferreira

Carlos Santos Ferreira

Presidente

PS

Eleito deputado pelo PS em 1976, vai para a gerência da ANA no ano seguinte. A partir de 1992, ocupa lugares de destaque no grupo Champalimaud, seja na Mundial Confiança, seja no Pinto & Sotto Mayor. Em 1999 salta para o grupo BCP e para a Estroril-Sol, de onde sai em 2005 para presidir à CGD. Sai directamente para a presidência do BCP, cargo que ainda ocupa, levando consigo Armando Vara e Víctor Fernandes.

Maldonado Gonelha

Maldonado Gonelha

Vice-Presidente

PS

Foi ministro em todos os governos de Mário Soares e deputado do PS (1976-1987). Passou pela administração de várias empresas entretanto privatizadas depois da última experiência governativa, na Petrogal (1986-1988), na Quimigal (1989-1993) e na Covina (1992-1993).

Francisco Bandeira

Francisco Bandeira

Vogal

PS

José Ramalho

José Ramalho

Vogal

PSD

Fez carreira no Banco de Portugal antes de ingressar na administração da CGD. Manteve cargos de administração em empresas participadas pelo banco público, nomeadamente no ramo segurador, na banco de investimento e nas sucursais em França e no Luxemburgo até 2011. É, desde então, vice-governador do Banco de Portugal.

Celeste Cardona

Celeste Cardona

Vogal

CDS

Foi deputada no Parlamento Europeu entre 1997 e 1999, e na Assembleia da República até 2002, sempre eleita pelo CDS-PP. É nesse ano que chega a ministra da Justiça, de onde sai directamente para a administração da CGD. Depois de se aposentar em 2008, integra os órgãos de sociais da EDP, a partir da última fase de privatização, em 2012.

Norberto Rosa

Norberto Rosa

Vogal

PSD

Ocupou o cargo de secretário de Estado do Orçamento em dois governo (1993-1995 e 2002-2004), sempre indicado pelo PSD. Pelo meio foi director do Banco de Portugal. Enquanto administrador da CGD, presidiu ao BPN depois da nacionalização, acompanhando o processo de entrega ao BIC.

Armando Vara

Armando Vara

Vogal

PS

Entre os vários cargos públicos que ocupou, destacam-se as presenças em ambos os governos de Guterres, primeiro como secretário de Estado e, a partir de 1999, como ministro. Acompanha Carlos Santos Ferreira a caminho do BCP. Foi condenado a multa por negligência no exercício do cargo que ocupou na CGD, em 2012. Em 2014 é condenado a 20 anos de cadeia por tráfico de influência, no processo Face Oculta. Voltou a ser detido em 2015, por suspeitas de corrupção, no âmbito do processo Marquês.

 

Vitor Fernandes

Vogal

PS

Carlos Costa

Carlos Costa

Vogal

PSD

Apesar de nunca ter sido eleito para cargos públicos, ocupou cargos de destaque na União Europeia desde a adesão de Portugal, em 1986. Foi membro do Comité de Política Económica, da Representação Permanente de Portugal e membro das delegações portuguesas aos conselhos europeus até 1992. Foi ainda chefe de gabinete do comissário europeu João de Deus Pinheiro, nomeado pelo PSD (1993-1999). É governador do Banco de Portugal desde 2010, tendo acompanhado a queda do BES e do Banif.

2005
  • #

    13 de Dezembro de 2007: é assinado o Tratado de Lisboa, que torna o Banco Central Europeu numa instituição oficial e consagra como competências exclusivas da União Europeia a política monetária dos estados da zona euro.

  • #

    Entre 2006 e 2007 avançam as privatizações da Galp, da EDP, da REN, da Portucel e da Inapa.

2007

 

 

 

 

 

 

 

2008-2011

A polémica saída do presidente e de dois administradores para o BCP ditaram a alteração no conselho de administração. Faria de Oliveira, ainda hoje presidente da Associação Portuguesa de Bancos, entra e faz regressar a presidência do banco a uma figura do PSD. Os três anos são marcados pelo início da crise financeira e económica mundial.

Faria de Oliveira

Faria de Oliveira

Presidente

PSD

Foi secretário de Estado em várias pastas e em todos os períodos em que o PSD esteve no governo, durante toda a década de 1980. É promovido a ministro do Comércio e Turismo (1990-1995), sendo eleito deputado pelo PSD nesse ano. É, desde 2012, presidente da Associação Portuguesa de Bancos.

Francisco Bandeira

Francisco Bandeira

Vice-Presidente

PS

Norberto Rosa

Norberto Rosa

Vogal

PSD

Ocupou o cargo de secretário de Estado do Orçamento em dois governo (1993-1995 e 2002-2004), sempre indicado pelo PSD. Pelo meio foi director do Banco de Portugal. Enquanto administrador da CGD, presidiu ao BPN depois da nacionalização, acompanhando o processo de entrega ao BIC.

Rodolfo Lavrador

Rodolfo Lavrador

Vogal

PS

 

Araújo e Silva

Vogal

PS

Jorge Tomé

Jorge Tomé

Vogal

PS

Começou a carreira na banca no Pinto & Sotto Mayor, ainda público. Em 1994, já nas mãos de Champalimaud, ascende ao conselho de administração, de onde sai em 1996 para o grupo Banif. Em 2001 entra nos quadros da CGD, o que não o impediu de ser colega de Passos Coelho na polémica Fomentivest de ngelo Correia. Regressa ao Banif em 2012, banco que presidiu até à entrega ao Santander.

 

Pedro Cardoso

Vogal

2008
  • #

    O Banco Português de Negócios (BPN) é nacionalizado e incorporado na CGD, em Fevereiro de 2008

  • #

    24 de Novembro de 2010: pela primeira vez desde 1983, a CGTP-IN e a UGT convocam uma greve geral.

  • #

    É assinado o acordo com a troika pelo PS, pelo PSD e pelo CDS-PP, em Maio de 2011, que reserva 12 mil milhões de euros para a banca privada.

  • #

    5 de Junho de 2011: o PSD e o CDS-PP regressam ao governo. Passos Coelho é primeiro-ministro, Paulo Portas é ministro dos Negócios Estrangeiros.

2011

 

 

 

 

 

 

 

2011-2013

O modelo de gestão da CGD é alterado pelo governo do PSD e do CDS-PP, este último que volta a ter um representante na administração da Caixa. O banco passa a ter uma comissão executiva, onde reside o poder, e que é presidida por José de Matos, com Nogueira Leite e Norberto Rosa como vice-presidentes. Em 2012, o governo aprova um plano de recapitalização, com a entrada de 900 milhões de euros em «instrumentos financeiros híbridos».

Faria de Oliveira

Faria de Oliveira

Presidente

PSD

Foi secretário de Estado em várias pastas e em todos os períodos em que o PSD esteve no governo, durante toda a década de 1980. É promovido a ministro do Comércio e Turismo (1990-1995), sendo eleito deputado pelo PSD nesse ano. É, desde 2012, presidente da Associação Portuguesa de Bancos.

José de Matos

José de Matos

Vice-Presidente

PSD

Técnico do Banco de Portugal desde 1979, chegou a vice-governador em 2002, sendo o substituto de Vítor Constâncio nas reuniões do Conselho de Governadores do BCE e no FMI.

António Nogueira Leite

António Nogueira Leite

Vogal

PSD

Depois de ocupar cargos em empresas, chegou a presidente da Bolsa de Valores de Lisboa em 1999, de onde saiu no mesmo ano. Foi nomeado secretário de Estado do Tesouro e das Finanças do segundo governo de Guterres até 2000, quando entrou para o Grupo Mello, onde administrou várias empresas. Nos três anos anteriores à entrada na CGD foi membro do Conselho Nacional do PSD. Em Junho de 2011 participou no encontro do Clube de Bilderberg.

Norberto Rosa

Norberto Rosa

Vogal

PSD

Ocupou o cargo de secretário de Estado do Orçamento em dois governo (1993-1995 e 2002-2004), sempre indicado pelo PSD. Pelo meio foi director do Banco de Portugal. Enquanto administrador da CGD, presidiu ao BPN depois da nacionalização, acompanhando o processo de entrega ao BIC.

 

Cabral dos Santos

Vogal

PSD

Rodolfo Lavrador

Rodolfo Lavrador

Vogal

PS

João Nuno Palma

João Nuno Palma

Vogal

Nuno Fernandes Thomaz

Nuno Fernandes Thomaz

Vogal

CDS

Fundou a consultora financeira ASK, que geriu até à entrada para a CGD. Foi secretário de Estado dos Assuntos do Mar de Paulo Portas (2004-2005), dirigente nacional do CDS-PP e cabeça de lista por Santarém nas legislativas de 2005.

Eduardo Paz Ferreira

Eduardo Paz Ferreira

Vogal

Pedro Rebelo de Sousa

Pedro Rebelo de Sousa

Vogal

Álvaro Nascimento

Álvaro Nascimento

Vogal

PSD

Fez carreira no BPI e na Faculdade de Economia da Universidade Católica do Porto. Foi conselheiro de David Justino no Ministério da Educação. Enquanto esteve no conselho de administração da CGD, acumulou os cargos com um lugar nos órgãos sociais da Unicer.

2011
  • #

    O BPN é vendido ao BIC por 40 milhões de euros, em Julho de 2011.

  • #

    Os anos de 2012 e 2013 são marcados pelo «enorme aumento de impostos» de Vítor Gaspar.

  • #

    Entre Novembro de 2011 e e Junho de 2013, a CGTP-IN convoca quatro greves gerais.

  • #

    5 de Junho de 2011: o PSD e o CDS-PP regressam ao governo. Passos Coelho é primeiro-ministro, Paulo Portas é ministro dos Negócios Estrangeiros.

2013

 

 

 

 

 

 

 

2013-2015

Faria de Oliveira dá o lugar a Álvaro Nascimento, mas a comissão executiva continua a ser presidida por José de Matos. O CDS-PP sobe na hierarquia, com Nuno Fernandes Thomaz a ser nomeado vice-presidente da comissão executiva. Prossegue o plano de reestruturação, que leva à saída de milhares de trabalhadores e à redução da presença em Espanha.

Álvaro Nascimento

Álvaro Nascimento

Presidente

PSD

Fez carreira no BPI e na Faculdade de Economia da Universidade Católica do Porto. Foi conselheiro de David Justino no Ministério da Educação. Enquanto esteve no conselho de administração da CGD, acumulou os cargos com um lugar nos órgãos sociais da Unicer.

José de Matos

José de Matos

Vice-Presidente

PSD

Técnico do Banco de Portugal desde 1979, chegou a vice-governador em 2002, sendo o substituto de Vítor Constâncio nas reuniões do Conselho de Governadores do BCE e no FMI.

Nuno Fernandes Thomaz

Nuno Fernandes Thomaz

Vogal

CDS

Fundou a consultora financeira ASK, que geriu até à entrada para a CGD. Foi secretário de Estado dos Assuntos do Mar de Paulo Portas (2004-2005), dirigente nacional do CDS-PP e cabeça de lista por Santarém nas legislativas de 2005.

João Nuno Palma

João Nuno Palma

Vogal

Cabral dos Santos

Cabral dos Santos

Vogal

PSD

 

Ana Cristina de Sousa Leal

Vogal

Maria João Carioca

Maria João Carioca

Vogal

Jorge Cardoso

Jorge Cardoso

Vogal

 

Pedro Pimentel

Vogal

 

Crespo de Carvalho

Vogal

 

Vieira Branco

Vogal

Eduardo Paz Ferreira<

Eduardo Paz Ferreira

Vogal

Daniel Traça

Daniel Traça

Vogal

 

Pedro Falcão

Vogal

2013
  • #

    O Banco Espírito Santo é alvo de uma medida de resolução, que dita a sua transformação em Novo Banco, com um custo para o Estado de 4,9 mil milhões de euros, em Agosto de 2014

  • #

    O Banif é entregue ao Santander, depois de sucessivas capitalizações públicas, em Dezembro de 2015.

2015

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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