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|Legislativas 2024

Bloco de Esquerda propõe salário mínimo 100 euros inferior ao exigido pela CGTP

Num espírito de conciliação, o Bloco de Esquerda apresentou uma proposta de aumento do salário mínimo (900 euros em 2024) muito inferior ao que é exigido pela CGTP-IN. Trabalhadores querem mil euros já em 2024, BE empurra para 2026.

Créditos / Lusa

É o segundo ano consecutivo em que o Bloco de Esquerda (BE) apresenta uma proposta de aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) inferior ao que já tinha sido anunciado pela CGTP-IN, a maior estrutura representativa dos trabalhadores em Portugal. Seguindo a linha política definida no início de 2023, o BE insiste na aplicação dos 900 euros em 2024: se já era um valor inferior ao exigido pela central sindical em 2023 (910 euros), a diferença tornou-se agora ainda mais significativa, com o Bloco a reivindicar menos 100 euros mensais para os quase 1 milhão de trabalhadores que auferem o SMN.

«A proposta do Bloco é simples», explicou Mariana Mortágua, coordenadora do BE, durante uma acção de campanha com a deputado do Bloco ao Parlamento Europeu, Marisa Matias, e actual candidata pelo distrito do Porto. «Uma subida intercalar do salário mínimo, já este ano, para os 900 euros e um aumento real de 50 euros nos anos seguintes», a acrescer à inflação anual.

«Isto é fazer o que nunca foi feito», anunciou a deputada, durante um almoço de apoiantes em Santo Tirso. Infelizmente, os trabalhadores ainda não podem comer inovações legalistas. Terão, até 2026, de esperar para conseguir alcançar um salário mais digno com o qual possa fazer frente ao aumento do custo de vida.

A posição do Bloco de Esquerda consiste no fundo, num meio termo entre a reivindicação da CGTP-IN, acompanhada pelo PCP (que já anunciou a inclusão do SMN de mil euros no seu programa eleitoral), e a proposta de Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, que defende os mil euros para 2028.

Na ânsia de se destacar, Mariana Mortágua acaba por boicotar pública e activamente a posição assumida por dezenas de milhares de trabalhadores que participaram em centenas de plenários em centenas de diferentes locais de trabalho em todo o país.

Poucos dias depois do anúncio de Pedro Nuno Santos, Ana Pires, da Comissão Executiva da CGTP-IN, reafirmou a posição de unidade dos sindicatos e dos trabalhadores portugueses: «A nossa proposta é que o salário mínimo atinja os mil euros em 2024. Não é com mil euros em 2028 que se vai dar resposta aos baixos salários». Essa resposta não pode esperar pelos mil euros propostos pelo BE para 2026.

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