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Kamov, um poço sem fundo...

Importaria saber o porquê de a Força Aérea, a partir dos anos 90, ter deixado de operar no combate aos fogos florestais!
 

 Avião C-130H da Força Aérea Portuguesa
Avião C-130H da Força Aérea PortuguesaCréditosJosé Sena Goulão / Agência LUSA

A aquisição e a gestão dos meios aéreos destinados ao apoio no combate aos incêndios têm-se mostrado um poço sem fundo de problemas, envolto numa nebulosa que tarda em nos mostrar a verdadeira realidade de todo este problema. E não estamos só a falar dos «famosos» helicópteros Kamov.

A questão remonta a meados dos anos 90, quando, sem se saber bem porquê (sabe-se apenas que a Força Aérea não interferiu na decisão), os aviões C-130 da Força Aérea (FAP) começaram a deixar de operar no apoio ao combate dos fogos florestais. Iniciou-se então um novo processo de negócio dos meios aéreos, cheio de sobressaltos, em particular para os contribuintes, de que a recente demissão do presidente da Autoridade Nacional da Protecção Civil é, tão-só, mais um episódio.

Pelo meio, temos o processo da Empresa de Meios Aéreos (EMA). Primeiro, a despropositada constituição no governo PS/Sócrates e, depois, a telenovela da sua extinção pelo governo do PSD e do CDS.

Porventura, tudo teria sido mais simples e com inequívocos benefícios para o erário público se, por um lado, não se tivesse afastado a FAP do processo de gestão dos meios aéreos e, por outro, tivesse sido feito um planeamento na aquisição dos helicópteros que permitisse um duplo uso na sua utililização: apoio militar à Força Aérea e ao Exército, e apoio no combate aos incêndios.

É verdade que a Força Aérea, até porque não é essa a sua vocação, não poderá assegurar plenamente o combate aos fogos florestais, particularmente em anos de catástrofe como este, mas alguém havia de explicar o porquê da criação da EMA e quem beneficiou com isso.

É tempo de se fazer contas, de se gerir convenientemente o dinheiro dos contribuintes e, antes de comprarem ou alugarem meios aéreos, ponderar a aquisição desses meios para que a FAP os possa gerir, criando sinergias e poupanças ao nível da manutenção das aeronaves e da formação de pilotos.

É tempo de os nossos governantes terem a força, coragem e determinação para assumir o mandato que lhes foi concedido e impedir verdadeiros crimes como o que aconteceu com a criação de uma base em Ponte de Sor para os meios de combate aos incêndios, porque projectos megalómanos, para um País parco em recursos como o nosso, de criação da aviação ligeira do Exército, impediram que os referidos meios fossem instalados na base militar de Tancos, cuja pista estará hoje, muito provavelmente, em condições deficientes e subaproveitada.

E, como a esperança é a última coisa a morrer, talvez um dia venhamos a saber quem são os verdadeiros responsáveis por tudo isto e quais foram os custos.

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