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Síria atribui a mais alta distinção ao general Qassem Soleimani

O general iraniano, morto no passado dia 3 num ataque dos EUA em Bagdade, foi condecorado por Bashar al-Assad com a Ordem do Herói da República Árabe da Síria, a mais elevada distinção do país.

O presidente da Síria atribuiu ao general Qassem Soleimani, a título póstumo, a mais alta distinção do país árabe
Créditos / @SiriarenAldeEH

A medalha que corporiza a distinção foi entregue esta segunda-feira, em Teerão, pelo ministro sírio da Defesa, Ali Abdullah Ayoub, ao seu homólogo iraniano, Amir Hatami, noticia a agência SANA.

No encontro entre os titulares da pasta da Defesa dos dois países aliados, Abdullah Ayyoub louvou os grandes sacrifícios feitos por Qassem Soleimani, bem com o seu apoio ao povo sírio na luta contra o terrorismo, tendo sublinhado que a história imortalizará o seu nome.

Por seu lado, Hatami agradeceu às autoridades sírias a solidariedade expressa ao governo e ao povo do Irão. Acrescentou que a resistência vai continuar e que, se não fossem os sacrifícios feitos pelos heróis do eixo da resistência, incluindo o Exército Árabe Sírio, o Daesh teria controlado vastas áreas na região.

Os Estados Unidos assassinaram no dia 3 deste mês o general Soleimani, comandante da Fuerza Quds dos Guardiães da Revolução Islâmica, num ataque com drones nas imediações do aeroporto internacional de Bagdade.

O alto oficial iraniano desempenhou um papel destacado na luta contra o Daesh em várias províncias sírias – nomeadamente Homs, Deir ez-Zor e Alepo – e ficou conhecido pelo papel decisivo que teve na Batalha de Alepo, que haveria de culminar com a libertação da cidade, em Dezembro de 2016.

Apoio a Soleimani censurado nas redes Instagram e Facebook

Na edição digital, o diário Granma destacava ontem que as redes sociais Instagram e Facebook «procederam à eliminação de todas as publicações que expressavam apoio ao general iraniano», assassinado em Bagdade por ordem directa de Donald Trump.

Um responsável do Facebook justificou a medida com o facto de estar a acatar «as sanções norte-americanas», referindo-se, em particular, à proibição de manter nas plataformas digitais «publicações que apoiam ou procuram promover as acções de pessoas sancionadas pela administração dos EUA».


Além de Instagram e Facebook, o Twitter também não tem sido parco em censuras e encerramentos de contas – órgãos de imprensa não afeitos ao imperialismo, figuras políticas venezuelanas, o serviço de imprensa da Presidência Síria, são muitas e variadas as contas censuradas.

Teerão denunciou as medidas e a Associação de Jornalistas Iranianos revelou que foram eliminadas as contas de vários órgãos estatais e que 15 jornalistas foram também alvo de censura.

Ainda não censurado, no Twitter, o jornalista norte-americano Ben Norton afirmou que as grandes empresas tecnológicas são «a polícia do pensamento do governo dos Estados Unidos».

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