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|Venezuela

Países da ALBA defendem soberania da Venezuela

Reunidos esta terça-feira em Caracas, os estados-membros da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) expressaram o seu apoio ao governo e ao povo da Venezuela, face às investidas da direita internacional.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, cumprimenta o diplomata boliviano David Choquehuanca, no âmbito da reunião da ALBA-TCP que ontem decorreu em Caracas. 8 de Agosto de 2017
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, cumprimenta o diplomata boliviano David Choquehuanca, no âmbito da reunião da ALBA-TCP que ontem decorreu em Caracas. 8 de Agosto de 2017Créditos / Alba Ciudad

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países que integram a ALBA-TCP repudiaram, ontem, «as sanções, arbitrárias e ilegais, impostas pelos EUA contra cidadãos venezuelanos, incluindo o presidente Nicolás Maduro».

A culminar a VI Reunião Extraordinária do Conselho Político da ALBA-TCP, que ontem teve lugar na Casa Amarela, sede do Ministério venezuelano dos Negócios Estrangeiros, em Caracas, o diplomata boliviano David Choquehuanca leu, em nome dos representantes de todos países-membros, uma declaração final.

Nela, «felicitam o povo venezuelano pela jornada democrática do passado dia 30 de Julho de 2017, conscientes de que realizar as suas eleições e votar nelas foi um verdadeiro acto de soberania, e de que apenas compete aos venezuelanos ultrapassar as suas dificuldades, sem intromissões, ameaças, condicionamentos ou ingerências».

«Guerra não convencional» contra os avanços alcançados

Sublinham, além disso, que «as sanções económicas de carácter unilateral constituem uma clara violação do direito internacional, dos direitos humanos e uma clara acção intervencionista para afectar o povo da Venezuela e conseguir um mudança de regime».

Estas sanções e a campanha de desprestígio mediático e internacional, que hoje atingem a economia venezuelana, constituem uma «guerra não convencional» lançada pelos «inimigos históricos da integração latino-americana e caribenha» contra «aqueles que mais a defenderam» e tem como único propósito «destruir os avanços alcançados na região» para «impor novamente o modelo económico neoliberal e para controlar as nossas riquezas», sublinha o documento.

As «acções contra a Venezuela» – em que se incluem «as sanções, arbitrárias e ilegais, impostas pelo governo norte-americano» – «não irão conduzir a nenhuma solução favorável ao povo, visando apenas criar mais instabilidade e reforçar os sectores violentos da oposição venezuelana», afirma-se no texto lido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Bolívia.

Assim, os países da ALBA-TCP exigem «a firme e imediata condenação internacional da violência» da oposição, que custou mais de cem vidas desde o início de Abril, e reiteram o apelo a «um diálogo construtivo e respeitoso com vista a avançar na estabilidade política e económica da Venezuela».

Em Lima, países alinhados com a oposição

Também ontem, os ministros dos Negócios Estrangeiros, ou seus representantes, de 12 países – Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru – firmaram uma declaração hostil ao governo da Venezuela, no âmbito de uma reunião que teve lugar na capital peruana.

O posicionamento destes estados foi anunciado em conferência de imprensa pelo diplomata anfitrião, Ricardo Luna, após um encontro à porta fechada. Na declaração final, os países em causa acusam a Venezuela de «ruptura da ordem constitucional», afirmam «não reconhecer a Assembleia Nacional Constituinte», eleita no passado dia 30 de Julho por mais de 8 milhões de pessoas, no quadro da Constituição bolivariana, e manifestam um claro alinhamento com a oposição de direita, nomeadamente ao omitirem qualquer referência à violência terrorista por ela promovida, bem como às intentontas golpistas contra o governo bolivariano.

Ao invés, os 12 de Lima condenam a «violação sistemática» dos direitos humanos e liberdades fundamentais na Venezuela; a repressão e perseguição política; a existência de presos políticos e a falta de eleições livres sob observação internacional independente» – situações pelas quais responsabilizam o governo.

Aplaudem, de igual modo, a decisão do Mercado Comum do Sul (Mercosul) de suspender a Venezuela e anunciam um boicote a qualquer candidatura venezuelana a organizações regionais e internacionais.

De acordo com a Prensa Latina, na introdução à apresentação do documento, o diplomata peruano Ricardo Luna qualificou a Venezuela como uma «ditadura» e defendeu que o país se encontra numa situação sem saída, embora tenha defendido a possibilidade de uma negociação sob os auspícios do secretário-geral das Nações Unidas.

Em Caracas, na reunião da ALBA, o ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Jorge Arreaza, caracterizou o encontro do Peru como uma «mini OEA», em alusão às várias reuniões e assembleias gerais que este organismo – Organização dos Estados Americanos, liderado por Luis Almagro – promoveu com o intuito de aprovar moções e resoluções de teor intervecionista contra a Venezuela bolivariana.

Sobre a reunião de Lima, Arreaza, que defendeu o diálogo entre os países do hemisfério, disse ainda que se trata de uma «conjura contra a América para dar força política ao imperialismo norte-americano na sua agressão à Venezuela».

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