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Milhares de trabalhadores da Hotelaria fazem greve em Los Angeles

No fim-de-semana grande do 4 de Julho, um período importante para a indústria hoteleira nos EUA, milhares de trabalhadores entraram em greve em Los Angeles e no Sul da Califórnia.

Milhares de trabalhadores estão em greve na região de Los Angeles e Sul da Califórnia 
Milhares de trabalhadores estão em greve na região de Los Angeles e Sul da Califórnia Créditos / @UNITEHERE11

Cozinheiros, recepcionistas, camareiros e outros funcionários do sector da Hotelaria na região de Los Angeles estão em greve, exigindo melhores salários, habitação a preços acessíveis e melhores condições de trabalho.

Os trabalhadores estão filiados no sindicato Unite Here Local 11, segundo o qual esta paralisação em várias unidades hoteleiras é a maior da história a nível local.

A greve, aprovada no passado dia 8 de Junho por 96% dos participantes na votação conduzida pelo Unite Here Local 11, ocorre num contexto em que, explica o LA Times, os contratos dos trabalhadores com as unidades hoteleiras cessavam a 30 de Junho.

No passado dia 22 de Junho, cerca de 200 trabalhadores, dirigentes sindicais, representantes políticos progressistas participaram numa acção de protesto e desobediência civil em Los Angeles, sentando-se no meio da estrada para chamar a atenção para as suas reivindicações, que, numa cidade rica e cara, passam também pelo direito à habitação e por poder viver mais perto dos locais de trabalho.

Segundo refere a organização sindical, na sua maioria, os trabalhadores da Hotelaria são incapazes de fazer frente aos custos da habitação e não conseguem viver perto de onde trabalham (perdem várias horas em deslocações, todos os dias), o que se deve aos baixos salários praticados no sector e aos elevados preços da habitação em Los Angeles.

«Durante a pandemia, os hotéis receberam 15 mil milhões em apoios federais e destruíram postos de trabalho e serviços ao cliente como a limpeza diária dos quartos», afirma o Unite Here Local 11. «Em 2023, os lucros dos hotéis em Los Angeles e no Condado de Orange ultrapassam os níveis anteriores à pandemia», acrescenta, sublinhando que o patronato não se mostra disposto a aumentar os salários.

Trabalhadores num piquete de greve junto ao hotel JW Marriott, no centro de Los Angeles / @UNITEHERE11

Em comunicado, uma associação representativa do patronato da Hotelaria, designada como Coordinated Bargaining Group, afirma ter proposto um aumento de 2,5 dólares por hora no primeiro ano do novo contrato, passando para 6,25 dólares de aumento nos quatro anos seguintes, refere o Peoples Dispatch, indicando que os trabalhadores exigem um aumento imediato de 5 dólares por hora, seguidos por aumentos de 3 dólares/hora em cada ano subsequente, num contrato de três anos.

«Os nossos membros foram devastados, primeiro, pela pandemia, e, agora, pela ganância dos seus patrões», disse Kurt Petersen, co-presidente do Unite Here Local 11.

«A indústria recebeu resgates enquanto nós tivemos cortes. Agora, os negociadores do Hotelaria decidiram tirar quatro dias de férias em vez de negociar. Uma vergonha», denunciou.

A luta do Local 11 em Los Angeles ocorre no contexto de uma luta mais ampla, a nível local e nacional, pelo aumento do salário mínimo, refere o Peoples Dispatch.

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