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Mais de cem mil contra Temer nas ruas de São Paulo

Além de São Paulo, também o Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba foram palco, ontem, de manifestações em que se denunciou o golpe de Estado, se exigiu a renúncia do presidente Michel Temer e a realização de eleições gerais.

Em São Paulo, mais de cem mil exigiram eleições gerais e denunciaram a agenda do presidente instalado em Brasília após o golpe
Em São Paulo, mais de cem mil exigiram eleições gerais e denunciaram a agenda do presidente instalado em Brasília após o golpeCréditosMídia Ninja

Promovida pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, a manifestação deste domingo, em São Paulo, contra o governo de Michel Temer reuniu mais de cem mil pessoas, noticiam o Brasil de Fato e o Portal Vermelho.

Os manifestantes, que empunhavam cartazes e faixas em defesa da democracia e contra o golpe consumado no Senado Federal na semana passada, na sequência do julgamento político a que Dilma Rousseff, presidente eleita em 2014, foi submetida, exigiram a saída de Michel Temer do cargo e chamaram a atenção para a agenda anunciada, pelo seu governo, contra os direitos dos trabalhadores.

«O jogo só começou»

«Quem acha que [tudo] acabou com a votação no Senado está enganado. O jogo só começou, e vai ser decidido nas ruas», afirmou Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Tecto (MTST), ao Brasil de Fato.

Por seu lado, Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e representante da Frente Brasil Popular, fez um apelo à «greve geral». Estas entidades, como as demais presentes, entendem que a destituição, além de ilegal, possui um conteúdo lesivo para os interesses dos trabalhadores.

Freitas criticou ainda a parcialidade e a manipulação dos grandes meios de comunicação social. Referindo-se à cobertura mediática que ajudou a organizar os protestos contra a ex-presidente Dilma Rousseff e que censura os movimentos populares, disse duvidar que, ontem, houvesse ali «alguma imprensa oficial mostrando a manifestação para o mundo inteiro».

A TV Globo, que transmitiu ao vivo todas as manifestações a favor do impeachment, não disponibilizou nem sequer o canal de notícias por cabo, a GloboNews, para fazer uma cobertura semelhante neste domingo, refere o Diário Liberdade.

Gilmar Mauro, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), sublinhou que, a partir de agora, as manifestações vão ser «permanentes». Além de múltiplas mobilizações sectoriais, referiu-se também à possibilidade da realização de uma greve geral, cuja importância destacou, informa o Brasil de Fato.

Intervenção da PM

Da Avenida Paulista, a manifestação seguiu pela Avenida Rebouças em direcção ao Largo da Batata, para onde estava agendada a concentração final. Ao longo do percurso foi visível a «presença maciça de jovens», que, de forma pacífica, criticaram o governo de Temer e a dura repressão da Polícia Militar (PM) nas acções levadas a cabo a semana passada. Em vários momentos, os manifestantes pediram a desmilitarização da PM.

Quase no final da mobilização, quando grande parte das pessoas já começava dispersar-se, a PM entrou em confronto com manifestantes, tendo usado jactos de água e granadas atordoantes. As entidades promotoras do acto denunciam também que houve várias detenções arbitrárias.

Para exigir a renúncia de Temer à Presidência da República, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo marcaram, para esta quinta-feira, 8, um novo protesto no Largo da Batata, em São Paulo.

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