Em Santiago de Cuba, uma oferenda floral junto ao monólito que guarda as cinzas de Fidel Castro, no cemitério de Santa Ifigénia, serviu esta segunda-feira como tributo de homenagem ao fundador, faz agora 60 anos, dos Comités de Defesa da Revolução (CDR).
Numa cerimónia em Havana, o herói de Cuba Gerardo Hernández sublinhou precisamente a ligação de Fidel à história dos CDR, a maior organização de massas do país. «A história desta organização está ligada indiscutível e orgulhosamente à historia da Revolução, de Fidel, de Raúl, de Cuba e do seu povo vitorioso», afirmou Hernández, que é o coordenador nacional dos CDR, a propósito do 60.º aniversário da sua criação.
Hernández falava num encontro com dirigentes e fundadores do organismo que decorreu no Salão dos Espelhos do Museu da Revolução, outrora Palácio Presidencial, acompanhado ainda pelo segundo secretário do Comité Central do Partido Comunista de Cuba, José Ramón Machado Ventura, informa a Prensa Latina.
«Não existiu espaço pelo bem-estar e pela justiça social dos cubanos em que, juntamente com o Partido e o governo, não tenham estado os CDR», destacou o seu coordenador.
«Nasceram para defender a Revolução»
Na noite de 28 de Setembro de 1960, quase um milhão de pessoas ouviam o então primeiro-ministro Fidel frente ao antigo Palácio Presidencial, quando rebentaram vários petardos contra-revolucionários.
Seguiram-se vivas à Revolução e o hino nacional. É então que Fidel lança a ideia: «Vamos estabelecer um sistema de vigilância revolucionária colectiva. Estão a brincar com o povo e não sabem ainda quem é o povo; estão a brincar com o povo e não sabem a tremenda força revolucionária que há no povo» [discurso na íntegra em Cubadebate].
«Nascem assim, para defender a jovem Revolução, na praça aberta, no meio de sabotagens e da luta anti-imperialista, os CDR», nota o diário Granma.
Ao longo dos anos, as várias gerações de «cederistas» estiveram presentes «em mil batalhas pela defesa das suas conquistas». Quando se deu Girón, desarticularam a contra-revolução interna que servia de quinta coluna, refere o diário, que recorda ainda «as valiosas acções organizativas» desempenhadas na campanha de alfabetização ou papel assumido «nos dias difíceis da Crise de Outubro».
Hoje, os membros dos CDR participam em trabalhos voluntários, em tarefas urgentes na área da Saúde, na distribuição de recursos, em tarefas ligadas ao contexto de pandemia.
Com uma estrutura muito bem organizada e integrada por cubanos maiores de 14 anos, existem actualmente cerca de 138 mil CDR, distribuídos por todo o país.
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