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Governantes israelitas saúdam exército por massacre em Gaza

O ministro israelita da Defesa recusou os pedidos do secretário-geral das Nações Unidas para uma investigação à violenta repressão em Gaza, que matou 16 palestinianos. Em vez disso, saudou o exército.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu (direita), com o ministro israelita da Defesa, Avigdor Lieberman (esquerda), durante uma reunião do governo, nos arredores de Jerusalém. 2 de Junho de 2016
CréditosAbir Sultan / EPA

Avigdor Lieberman recusou liminarmente a «investigação independente e transparente» pedida por António Guterres, após a violenta repressão dos protestos junto da fronteira da Faixa de Gaza pelo exército israelita, que matoy 16 palestinianos e provocou entre os 750 feridos, de acordo com a agência Ma'an, e mais de mil, segundo a PressTV.

Ao invés, o ministro da Defesa disse à rádio pública israelita, ontem, que o exército «fizeram o que tinha que ser feito» e que «todas as tropas merecem um elogio». No passado sábado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também elogiou, através do twitter, a acção das forças israelitas.

De acordo com o grupo palestiniano de direitos humanos Adalah, citado pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), o exército israelita terá feito uma publicação na sua conta oficial no twitter assumindo «"acidentalmente" a responsabilidade pelos ataques aos manifestantes palestinos».

«Ontem vimos 30 000 pessoas; chegámos preparados e com reforços precisos. Nada foi realizado sem controlo; tudo foi preciso e medido, e sabemos onde cada bala acertou.» A publicação terá sido apagada pouco depois da publicação.

A «investigação independente e transparente» pedida por António Guterres e, posteriormente, pela Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Federica Mogherini, foi bloqueada pelas autoridades israelitas. Da mesma forma, os Estados Unidos da América usaram do seu poder de veto para travar uma declaração de condenação da acção israelita pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, na reunião de emergência pedida pelo Kuwait na noite de sexta-feira.

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