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|Síria

Equipamentos médicos na Síria não funcionam por causa do bloqueio

O director-geral do Hospital Universitário al-Mouwasat, Issam al-Amin, denunciou o efeito nocivo das medidas coercivas unilaterais impostas pelos EUA e a UE nos cuidados de saúde prestados na Síria.

Créditos / Wikipedia CC BY-SA 4.0

Na sequência do encontro que manteve com o embaixador de Cuba em Damasco, Luís Mariano Fernández Rodríguez, o director hospitalar explicou à Prensa Latina, esta quinta-feira, que vários aparelhos necessários ao tratamento de múltiplas doenças deixaram de funcionar devido às sanções impostas.

«Além das restrições impostas à importação de insumos médicos, muitos equipamentos necessitam de peças de substituição que as empresas estrangeiras hesitam em fornecer-nos temendo ser sancionadas», disse Al-Amin em declarações ao correspondente Fady Marouf.

No hospital damasceno, os equipamentos de tomografia computorizada e de ressonância magnética não funcionam porque lhes faltam componentes que há meses não se consegue importar, disse.

Sobre as afirmações proferidas pelo Ocidente relativas ao levantamento parcial das sanções após o terremoto de Fevereiro, qualificou-as como «mera hipocrisia», já que todas as restrições se mantêm na mesma.

Issam al-Amin, director-geral do Hospital Universitário de Damasco / Prensa Latina

«Impuseram sanções ao nosso hospital como se fabricássemos bombas atómicas aqui, e o respeito básico pelos direitos humanos exige que os alimentos e os medicamentos não sejam submetidos a sanções», defendeu.

Recorde-se que, em meados de Junho de 2020, Washington impôs de forma unilateral novas sanções extra-territoriais contra a Síria, sob a designação de Lei César, destinadas a asfixiar a economia do país levantino.

As autoridades de Damasco afirmam que as políticas de bloqueio e de imposição de sanções económicas fazem parte das «cegas medidas coercivas» do Ocidente e são «a outra face do terrorismo».

Por seu lado, Elena Dohan, relatora especial das Nações Unidas, afirmou, em Novembro último, que estas medidas unilaterais equivalem a crimes de guerra, afectam gravemente os direitos humanos do povo sírio e impedem a recuperação e reconstrução do país.

Numa conferência de imprensa em Damasco, Dohan deu especial ênfase ao impacto que as sanções têm no sector farmacêutico sírio, provocando escassez, sobretudo de medicamentos para doenças crónicas.

Antes da guerra terrorista imposta pelo Ocidente e seus aliados regionais ao país árabe, em 2011, havia na Síria 70 unidades de produção de medicamentos, que cobriam 93% das necessidades a nível interno. Além disso, refere a Prensa Latina, a Síria exportava medicamentos para 44 países.

As acções terroristas provocaram a destruição ou tornaram inoperacionais 19 destas instalações. No entanto, o governo sírio conseguiu reactivar esta indústria, sendo que, actualmente, existem pelo menos 100 fábricas, cuja produção cobre 85% das necessidades a nível nacional.

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