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|50 anos do 25 de Abril

São Carlos leva a palco «Os Dias Levantados» e Requiem de Lopes-Graça

A ópera Os Dias Levantados, de António Pinho Vargas, e a apresentação do Requiem pelas vítimas do Fascismo em Portugal, de Lopes-Graça, integram as celebrações do 25 de Abril no Teatro Nacional de S. Carlos.

Créditos / Museu do Aljube

O Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), em Lisboa, anunciou esta terça-feira a sua programação especial no âmbito dos «50 anos da revolução que nos trouxe a Liberdade e que iniciou um caminho de profundas transformações económicas, sociais e culturais no nosso país», lê-se no comunicado.

Além da ópera de António Pinho Vargas, que volta, em Junho, ao palco lírico lisboeta, onde se estreou em 1998, o TNSC tem previsto apresentar, no Centro Cultural de Belém (CCB), também em Lisboa, o Requiem pelas vítimas do Fascismo em Portugal (1981), de Fernando Lopes-Graça (1906-1994).

O Requiem, pelo Coro do TNSC, vai ter como solistas a soprano Bárbara Barradas, a meio-soprano Cátia Moreso, o tenor Carlos Cardoso e os barítonos Luís Cansino e Oliver Zwarg, acompanhados pela Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP). A direcção musical estará a cargo do maestro Antonio Pirolli.

O TNSC adiantou que na plateia do grande auditório do CCB estarão antigos presos políticos, referindo ainda que o concerto será transmitido pela RTP.

A ópera de Pinho Vargas com libreto de Manuel Gusmão (1945-2023) é apresentada em versão concerto, no TNSC, sob a direcção musical do maestro Pedro Amaral.

O elenco é composto pelas sopranos Eduardo Melo, Sara Braga Simões e Sílvia Sequeira, o contratenor Rui Vieira, os tenores Leonel Pinheiro e Jorge Vaz de Carvalho, e os barítonos José Corvelo e Luís Rodrigues, e ainda o Coro do TNSC e a OSP.

Os Dias Levantados, uma das quatro óperas compostas por António Pinho Vargas, é «a mais importante obra musical dedicada ao 25 de Abril», realçou o TNSC.

Ainda no âmbito do Cinquentenário da Revolução, o TNSC em parceria com a Imprensa Nacional, tem previsto a publicação, em três volumes, das partituras das Canções para piano, de Lopes-Graça, com edição crítica do maestro João Paulo Santos.

Fernando Lopes-Graça, natural de Tomar, é um dos mais reconhecidos compositores portugueses do século XX, tendo-se destacado pelo desenvolvimento de uma intensa actividade cultural, artística, pedagógica e cívica. Como compositor, criou uma extensa obra que percorre vários géneros musicais e lhe mereceu reconhecimento nacional e internacional.

Fundou e dirigiu durante mais de 40 anos o Coro da Academia de Amadores de Música, para o qual escreveu centenas de arranjos de canções tradicionais, grande parte das quais recuperada à tradição oral, em viagens pelo «Portugal profundo», numa colaboração com o etnólogo Michel Giacometti (1929-1990).

Resistente antifascista, Lopes-Graça foi preso, exilado, destituído das suas funções de docente e até a sua música esteve proibida nas décadas de 1950 e 1960. Só no princípio da década de 1970 a sua música voltou a ser ouvida no Teatro de São Carlos.

Na década de 1980 recebeu diversas condecorações do Estado português.

«Este primeiro conjunto de iniciativas não é exaustivo, nem se esgota neste ano de 2024 uma vez que, recordamos, o programa oficial se prolonga até 2026», lembrou o TNSC.


Com agência Lusa

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