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O Carnaval do «Fora Temer!»

Nas ruas, a música, como não podia deixar de ser, é arma e companheira de folia e rebeldia naquele que é já conhecido como o «Carnaval Fora Temer!»

Baile dos 40 anos do Bloco Eu Acho é Pouco!
Baile dos 40 anos do Bloco Eu Acho é Pouco!Créditos / Bloco Eu Acho é Pouco!

O Carnaval está na rua! Livre, rebelde e carregado de fantasia como desde as suas origens, cujas raízes esclavagistas o império português espalhou pelo Brasil. Essa liberdade permitida aos de baixo de, por um dia, serem o que bem entenderem, de se vestirem como os de cima, de se rirem do resto do seu calendário e de se comportarem como um jogador da bola numa «boîte» de beira da estrada. Essa liberdade, este ano, no Brasil, além de tudo o resto tem mais um grito: «Fora Temer!» Espalhado entre avenidas e blocos, enquanto o Presidente golpista sofre um auto imposto retiro na Base Naval de Aratu, cercado por militares. Nas ruas, a música, como não podia deixar de ser, é arma e companheira de folia e rebeldia naquele que é já conhecido como o «Carnaval Fora Temer!»

Soltem a bateria, o desfile vai começar!

Primeiramete, «Fora Temer!» As marchinhas de Carnaval são a sua maior tradição logo a seguir às Matrafonas . O Mestre Tom Zé, figura maior do tropicalismo e da cultura brasileira, desenvolve essa arte dos salões de bombeiros com um forte apelo ao fim da chupeta golpista com a citação do clássico Mamãe eu quero, Fora Temer.

Gregório Duvivier, humorista, actor, escritor, tem sido um exemplo do artista comprometido e que, apesar do sucesso, não se deixa intimidar. Afirma sem temer (oi?!) as suas posições políticas e faz da denúncia do golpe e da sua quadrilha o bombo deste Carnaval. A bater com a porta na cara do golpista, ele participa neste grupo Ocupa Carnaval com Temer vai cair.

Cidadão de bem, é a marchinha vencedora do concurso anual Mestre Jonas, de Belo Horizonte. Os vencedores, Helberth Trotta e Jhê Delacroix, retiraram o título do antigo jornal do Ku Klux Klan para expôr a mentalidade da direita golpista no poder. Com a sua imprensa e de «champagne na manifestação», o assalto privatizador ao público é desmascarado para não perder a consciência, quando se cair no samba.

A ilustrar o que tem sido o «Carnaval Fora Temer!», a poderosa passagem de Baiana System no Carnaval da Bahia na noite de sexta feira passada, parou o Carnaval e sujeita agora o grupo à interdição no próximo ano. Entretanto, milhares de visualizações em todo o mundo mostram ao mundo o grito que os golpistas postavam de calar.

Para o final, recuperamos o clássico de Gonzaguinha Você merece – Comportamento geral , gravado em 1972 e proibido pela ditadura militar no ano seguinte, para hoje voltar a ter contornos actuais e preocupantes. Após 14 anos de progressos sociais que retiraram milhões da pobreza e do analfabetismo, o Brasil volta a cair nas garras de uma oligarquia que, na luz do dia, assalta a Saúde, a Justiça, o direito à Habitação, a Educação, a Cultura, o Trabalho e o próprio país.  O Vampiro Temer poderá comer tudo com a ajuda da classe média burguesa e da imprensa golpista, mas a maioria do povo brasileiro não vai «baixar a cabeça e dizer muito obrigado». Porque neste carnaval o que mais se ouve de Norte a Sul do Brasil é um sonante «Fora Temer!» Mas se tudo isto é para acabar na quarta-feira, que se levante então das cinzas dessa festa um vigoroso «Directas Já!»

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