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Maria Matos estreia «O rei zarolho» de Marc Crehuet esta quinta-feira

André, que perdeu um olho ao ser atingido por uma bala de borracha durante um protesto na rua, comparece a um jantar onde o anfitrião é o responsável pelo tiro.

Créditos / pporto.pt

«O que acontece quando nos encontramos com pessoas com ideias e funções opostas às nossas» e as consequentes «dificuldades reais de comunicação» que daí advêm, sobretudo quando essas pessoas vivem «fechadas nos seus parâmetros de visão do mundo» são as questões na base da concepção desta comédia negra, disse à agência Lusa o dramaturgo, encenador e realizador espanhol Marc Crehuet.

A acção centra-se num jantar «cheio de humor negro e tenso» com dois casais, organizado por duas amigas de infância que há muito não se viam e pretendem apresentar uma à outra os respectivos parceiros. Uma delas, Lídia, continua a morar nos subúrbios onde cresceu, está desempregada e namora com David, um polícia de intervenção.

A outra, Sandra, uma intelectual que há muito abandonou o bairro onde crescera, está apaixonada por André, um realizador de documentários, que atravessa um «período difícil na vida», depois de ter perdido um olho durante um ataque da polícia numa manifestação.

Logo no primeiro acto, dá-se o encontro entre as personagens opostas, David e André. David dá-se a conhecer como polícia antimotim, e André, questionado sobre o que se passara, fala da agressão de um polícia durante uma manifestação.

Na origem deste «jantar explosivo», segundo o dramaturgo e encenador, esteve a dúvida sobre se «seria o polícia capaz de modificar a sua atitude e comportamento» caso conhecesse «de tão perto a vítima da violência legal do seu trabalho».

«O que se passaria se um manifestante que tivesse ficado sem um olho encontrasse o polícia responsável» por aquele acto?, interrogou-se Crehuet. Será que o polícia «mudaria» a sua atitude, o seu comportamento? Que consequências traria a situação para ambos?

«A grande questão é o que acontece quando nos encontramos com pessoas que desempenham funções opostas às nossas» e as «dificuldades reais de comunicação» com que nos deparamos quando encontramos alguém que está fechado na sua visão do mundo.

Os actores Benedita Pereira, Diogo Morgado, Dinarte Branco, Jorge Mourato e Susana Blazer interpretam O rei zarolho, com tradução de Ana Rita Sousa, cenografia de Joana Sousa, figurinos de Andy Dyo, desenho de luz de Luís Duarte e assistência de encenação de Sónia Aragão.

A peça fica em cena no Teatro Maria Matos até 28 de Maio, com sessões de quinta a sábado, às 21h, e, ao domingo, às 17h.


Com agência Lusa

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