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Leitura de romance assinala «uma década de saudade» de Saramago

A Fundação José Saramago promove uma leitura do romance Alabardas, alabardas, espingardas, espingardas nos dez anos da morte do escritor José Saramago, que se assinalam no dia 18 de Junho.

José Saramago abraça um amigo de infância durante a apresentação do livro «As Pequenas Memórias», na Azinhaga, terra natal do escritor, no concelho da Golegã, em 16 de Novembro de 2006
CréditosPaulo Cunha / Agência Lusa

«Uma década de saudade, mas não de ausência», sublinha a Fundação José Saramago (FJS), recordando todas as iniciativas relacionadas com o autor português vencedor do Nobel da Literatura e com a sua obra, que têm sido desenvolvidas.

É o caso da reedição de vários livros, o lançamento de dois romances inéditos, Claraboia e Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas, um volume dos seus diários (Último Caderno de Lanzarote) e uma conferência para entender o conjunto da sua criação, intitulada «Da Estátua à Pedra», recorda a fundação em comunicado.

Em torno da obra literária e do pensamento de Saramago, surgiram ao longo da última década projectos musicais, obras de teatro, filmes, exposições, congressos de literatura, encontros e manifestações cívicas em todo o mundo, acrescenta a FJS.

Mais uma vez, o autor do Memorial do Convento será evocado, desta vez a propósito do aniversário da sua morte, que no dia 18 de Junho completa dez anos, com uma leitura de Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas, pela voz dos actores André Levy, Joana Manuel e Tiago Rodrigues, numa sessão que será transmitida por streaming, através da Maple Live, a partir das 18h30, e vai estar disponível aqui.  

 Os bilhetes têm um custo de três euros e a receita da bilheteira virtual reverte na totalidade para um Fundo de Apoio aos Profissionais da Cultura, que está a ser organizado.

Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas é o romance que José Saramago estava a escrever na altura em que «deixou de estar», expressão que o escritor gostava de usar para se referir à morte.

O livro foi publicado em 2014 tal como o escritor o havia deixado: além dos três primeiros capítulos, que começam a desvelar a história de Artur Paz Semedo, um homem em conflito moral por trabalhar numa fábrica de armamento, foram também publicadas as notas que José Saramago deixou como preparação prévia para a escrita do romance.

Com agência Lusa

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