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Parecer jurídico confirma posição dos professore

Docentes da Universidade de Coimbra contra o aumento do horário

Foi entregue na Reitoria da Universidade de Coimbra um abaixo-assinado dos professores que exige a revogação de um despacho que admite que o seu horário possa chegar ao dobro legalmente determinado.

Créditos

Uma delegação de dirigentes do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) entregou hoje, na Reitoria da Universidade de Coimbra (UC), um abaixo-assinado que exige a revogação de um despacho da autoria da Reitoria que mereceu fortes críticas dos professores e de membros do próprio Conselho Geral.

Segundo o sindicato, o Despacho Reitoral nº 86/2016 «aumenta o horário lectivo de um professor contratado parcialmente, relativamente a um professor contratado a tempo integral; admite que o horário possa chegar ao dobro do legalmente determinado; transforma o professor num mero transmissor de aulas e prestador de serviços, numa situação de clara exploração; e contraria o princípio de que a trabalho igual deve corresponder igual remuneração».

As contratações de professores convidados a tempo parcial têm sido feitas até agora com regras que cumprem parâmetros de equidade em conformidade com a Constituição da República Portuguesa (a trabalho igual corresponde salário igual) e a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas.

«[O Despacho Reitoral nº 86/2016] admite que o horário possa chegar ao dobro do legalmente determinado»

Sindicato dos Professores da Região Centro

Este Despacho Reitoral contraria estes princípios e baseia-se, segundo o sindicato, «numa leitura abusiva do Estatuto da Carreira Docente Universitária (ECDU) relativamente à regulamentação da contratação de docentes. A necessária adaptação de horários a tempo parcial deve ser interpretada de modo a que os contratos fixem, para cada caso, um número de horas semanal em função da percentagem de contratação. O ECDU estabelece que o horário lectivo semanal se situa no intervalo de seis a nove horas, pelo que é essa a base para a contratação».

O Despacho surge depois de o serviço docente para o ano lectivo 2016-2017 já ter sido aprovado nas diversas unidades orgânicas da UC e sem que tenha havido qualquer discussão na comunidade académica sobre o seu conteúdo, assentando os efeitos financeiros resultantes da sua aplicação, segundo o sindicato, «na exploração de mão-de-obra docente, barata e em situação precária».

Os docentes signatários consideram que «a actualização científica e cultural preconizada no ECDU para todos os docentes universitários, sem excepção, é um factor determinante da qualidade científica do ensino na UC, pelo que as diversas áreas do exercício de funções docentes (ensino, investigação, funções administrativas e de gestão e transferência de saberes) devem ser consideradas no horário semanal».

A Reitoria foi  manteve o Despacho em vigor e propôs, de novo, algumas das suas normas no Regulamento de Prestação de Serviço Docente que se encontra em debate público e negociação.

Parecer jurídico sobre o regime

O SPRC faz divulgação pública do parecer jurídico, que foi enviado ao Provedor de Justiça, ao Reitor da Universidade de Coimbra e ao Ministro da Ciência Tecnologia e Ensino Superior.

«Efectua-se assim, através de um mero regulamento administrativo, uma distinção entre docentes do ensino superior universitário, procurando-se a criação de um corpo de docentes que assegure o serviço de aulas a preços mais baixos, dando-lhes menos tempo para investigação e preparação de aulas. Situação que para além de ilegal, coloca em causa a qualidade do próprio serviço de aulas face ao menor tempo para investigação e preparação de aulas e reduzirá consideravelmente as possibilidades de entrada e progressão futuras na carreira desses docentes ao limitar-lhes o tempo para realização de Investigação», refere o parecer.



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