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|repressão patronal

CGTP-IN realiza acção de solidariedade para com trabalhadora perseguida

Na manhã desta sexta-feira, o secretário-geral da CGTP-IN e vários dirigentes participarão numa acção junto à Fernando Couto Cortiças, contra a tortura psicológica e o assédio ali praticado.

A acção de protesto vai decorrer amanhã às 11h30, junto à porta da empresa de Paços de Brandão, concelho de Santa Maria da Feira, sendo organizada pelo Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte (SOCN/CGTP-IN).

A presença do secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, está confirmada para o protesto, em apoio à trabalhadora Cristina Neves Tavares, que tem sido alvo de repressão e de «tortura psicológica» desde que foi reintegrada.

Ontem, numa conferência de imprensa, o sindicato acusou a Fernando Couto Cortiças de exercer «terrorismo psicológico» e de ter coagido os restantes trabalhadores a tomar o seu partido num protesto encenado à porta da empresa.

A trabalhadora em causa foi reintegrada em Maio, após o Tribunal do Porto lhe ter dado razão quanto ao despedimento injustificado, onde aliás, houve vários trabalhadores a testemunhar a favor da entidade patronal. Estes não foram levados a sério, tendo em conta que a empresa foi condenada também a pagar uma indemnização por danos morais.

Na semana passada, o SOCN denunciou que a trabalhadora em causa foi isolada pela empresa dos demais colegas e que, até à presente data, está «a carregar e a descarregar os mesmos sacos com mais de 15/20 kg para a mesma palete», num ambiente ao sol que atinge «temperaturas muitas vezes superiores aos 40/45 ºC (com contantes hemorragias nasais), (...) ao "arrepio" das recomendações» da medicina do trabalho da empresa.

Além das «constantes provocações verbais», o SOCN salientou ainda que a trabalhadora está proibida de estacionar o seu automóvel dentro do parque destinado a todos os outros, como também de aceder à casa-de-banho dos trabalhadores, sendo obrigada a deslocar-se a uma que lhe foi «atribuída», sem o mínimo de privacidade e que tem de cobrir com um pano preto que trouxe de casa.

Empresa quer forçar trabalhadora a sair

Em declarações aos jornalistas, o jurista do sindicato, Filipe Soares Pereira, realçou que os argumentos da empresa quanto à indisponibilidade de Cristina Tavares para aceitar outras funções, tal como a limpeza das instalações sanitárias da fábrica, não têm validade legal e só demonstram a sua «falta de pudor».

«O Tribunal disse que ela tinha de ser reintegrada nas funções anteriores e limpar casas de banho não é a categoria profissional que ela tinha antes do processo judicial», afirmou Filipe Soares Pereira, que acrescentou que «limpar casas de banho não tem nada a ver com cortiça».

Filipe Soares Pereira adiantou que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) fez inspecções à empresa em Maio e em Julho, que resultaram em autos de assédio moral, «os quais deram origem à instauração do processo de contra-ordenação respectivo, que se encontra em curso». Apesar disso, em desrespeito por esta, os abusos da empresa continuam a decorrer.

Entretanto, a ACT confirmou o referido e afirmou que, «na sequência das notícias veiculadas [a semana passada], a ACT realizou nova intervenção para acompanhar a situação e verificar a evolução da prática da empresa relativamente aos factos anteriormente constatados e, finda esta análise, serão adoptados os procedimentos adequados às irregularidades verificadas».

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