(function(i,s,o,g,r,a,m){i['GoogleAnalyticsObject']=r;i[r]=i[r]||function(){ (i[r].q=i[r].q||[]).push(arguments)},i[r].l=1*new Date();a=s.createElement(o), m=s.getElementsByTagName(o)[0];a.async=1;a.src=g;m.parentNode.insertBefore(a,m) })(window,document,'script','https://www.google-analytics.com/analytics.js','ga'); ga('create', 'UA-77129967-1', 'auto'); ga('require', 'GTM-NLPH4K8'); ga('send', 'pageview');

Siga-nos

|Política

PEV realiza Convenção comprometida com a harmonia entre humanidade e natureza

«Os Verdes» realizaram a sua reunião magna este fim-de-semana, no Fórum Lisboa, sob o lema «Emergência Ecologista – Respostas verdes».

Créditos / PEV

A XV Convenção dos ecologistas adaptou-se às restrições impostas pelas pandemia. Durante dois dias, os delegados presentes debateram e elegeram novos órgãos nacionais do partido, nos quais ficou patente o princípio da igualdade e da não discriminação, uma vez que, no conjunto dos três órgãos nacionais, a participação feminina é superior a 58%. Para o partido, estes números reflectem a realidade da sua composição, da sua «história e dos valores ecologistas da diversidade».

A Moção Global, que resulta da convenção, contou com o envolvimento dos militantes, tendo sido feitas mais de 500 propostas de alteração, das quais foram acolhidas cerca de 90%.

Na sua intervenção de encerramento, José Luís Ferreira, reafirmou a importância deste congresso para se encontrarem soluções para um «mundo de paz, socialmente justo e ambientalmente equilibrado».

«Os Verdes» mantêm como projecto a «transformação da sociedade» e reafirmam-se de esquerda – assinalando o seu compromisso com a CDU –, uma vez que «nunca» existirá equilíbrio ambiental se não houver justiça social, «até porque a defesa do ambiente não é compatível com modelos económicos que assentam na ideia do crescimento ilimitado, como se ilimitado fosse o nosso planeta e como se ilimitados fossem os seus recursos».

Contra o silenciamento e a deturpação, José Luís Ferreira lembrou «dois factos» que tornam o seu partido imprescindível no plano político nacional, nomeadamente o ter sido peça-chave em todos os «avanços conseguidos nos últimos anos».

E sobre isso lembrou, entre muitos exemplos, o aumento das reformas, a devolução dos feriados, o travão à expansão desenfreada das monoculturas do eucalipto e o investimento nos transportes públicos, incluindo o reforço da ferrovia e a aprovação do passe social, que se traduziu numa «verdadeira revolução em termos de mobilidade sustentável».

Como segundo facto, José Luís Ferreira assinalou que só não se efectivaram mais avanços, porque o PS mantém obcessão com o défice e as imposições da União Europeia (UE) e continua a defender os interesses dos grandes grupos económicos, referindo-se designadamente à discussão em torno do novo aeroporto de Lisboa, em que o Governo tem insistido na solução do Montijo.

O ecologista lembrou ainda alguns dos elementos positivos que por intervenção do PEV foram aprovados no Orçamento do Estado, como o reforço de profissionais dedicados à conservação da natureza, o aumento de verbas para os centros de recolha animal, mais profissionais para o Serviço Nacional de Saúde, a progressão da gratuitidade das creches, a diminuição do valor das propinas, o alargamento de manuais escolares gratuitos, entre outros.

Houve ainda espaço para se analisar a situação mundial, onde «tudo é possível ser transformado em mercadoria, lucro, e de onde são visíveis as ligações do poder económico ao poder político». O que fica claro com o negócio das vacinas contra a Covid-19, em que a UE pagou a sua investigação e produção com o dinheiro dos contribuintes, mas «a "descoberta" é pertença exclusiva das farmacêuticas», que fazem desta realidade um negócio.

«Os Verdes» posicionam-se contra guerras e agressões, e lembraram exemplos como a Palestina, a Síria, o Iémen, o Saara Ocidental, entre outros. «Enquanto as grandes potências queimam milhões e milhões a fomentar guerras e conflitos, a generalidade da população do continente africano, e não só, continua condenada à pobreza e à fome, sem água potável», condenou José Luís Ferreira.

Os ecologistas teceram críticas à UE, «instrumento do neoliberalismo», que favorece a «liberalização dos mercados e o domínio das grandes corporações, em detrimento da salvaguarda do equilíbrio ambiental, da preservação dos ecossistemas». E criticam a celebração «em segredo» das negociações de «dezenas de acordos designados de comércio livre, mas que ultrapassam as questões comerciais e são altamente prejudiciais para as populações, o ambiente e a soberania dos países envolvidos».

Entre as «respostas verdes» para o País, o PEV assume a natureza pública da água, o combate às culturas intensivas e à exploração desenfreada do lítio e a protecção das florestas e das áreas protegidas.

Querem ainda um combate à corrupção e a criminalização do enriquecimento ilícito e defendem políticas para atenuar as assimetrias regionais, para combater a violência doméstica e para impedir o crescimento do populismo e da xenofobia.

Assim como exigem o fim dos problemas da legislação laboral e o fortalecimento das funções sociais do estado. Defendem um País que aposte nos transportes públicos e o fim das amarras ao Tratado Orçamental, para que seja possível defender a «nossa produção e para recuperar a nossa soberania alimentar, apostar na agricultura familiar e defender as pequenas empresas».

Entre muitas outras propostas, relembram bandeiras antigas como o combate às alterações climáticas e o bem-estar animal.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui