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Aumentam preços, aumentam os lucros dos accionistas, empobrecem os trabalhadores

Já tinha havido um aumento de 3% no cabaz alimentar, ao que se junta um aumento de 6% com o fim do IVA zero. As telecomunicações também aumentam 4,6%. A inflação persiste, o Salário Mínimo aumentou somente 7,9% e os accionistas continuam a ganhar. 

CréditosNuno Veiga / Lusa

O novo ano trouxe consigo novos aumentos de preços e, como tal, o aumento do custo de vida e aumento das desigualdades. Trabalhadores, reformados e pensionistas, mesmo assistindo ou a aumentos do Salário Mínimo Nacional ou de prestações sociais, sentem na pele a insuficiência desses mesmos aumentos.

A verdade é que a tendência não é olhar para os aumentos de uma forma geral e sim de forma isolada. A título de exemplo: se olharmos para o aumento do cabaz alimentar com o fim do IVA Zero, o mesmo pode não parecer muito se tivermos em conta que corresponde a 6% e o Salário Mínimo Nacional aumentou 7,9%. Esta simples comparação não tem em conta que há um passado em que os trabalhadores perdiam o salário real, mas, mais importante que isso, faz parecer que os trabalhadores nem estão a perder actualmente com o aumento o fim do IVA zero.

Acontece que a vida não é parcelar. Ao aumento do cabaz alimentar, junta-se o aumento da das telecomunicações, da energia e das rendas, bem como uma inflação que apesar de estar a reduzir, mantém-se. Com tudo somado, não se pode achar que o aumento de 60 euros do Salário Mínimo Nacional face a 2023 cumpre o propósito de efectivamente combater o aumento do custo de vida e o consequente empobrecimento.

A par desta questão está a que pouco se coloca que é a transferência de rendimentos do trabalho para o capital. As empresas continuam a somar lucros atrás de lucros e os seus administradores continuam a ter salários que chocam qualquer pessoa. 

Veja-se na tabela acima que em 2023, o administrador da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, recebia anualmente mais 186 vezes mais do que um trabalhadores com o salário médio. A comparação não tem em conta os rendimentos líquidos, mas isso pouco altera na realidade da discrepância verificada. 

A tabela tem ainda mais nomes de administradores e das respectivas empresas, mas o pequeno exemplo dado serve para demonstrar que os patrões da grande distribuição estão bem com o aumento do cabaz alimentar. Estão tão bem que, mesmo antes do fim do IVA zero, já tinha aumentado o preço do cabaz em 3%. 
 

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