Câmara do Seixal quer produzir Hidrogénio Verde no concelho

«O projecto apresentado representa uma nova era para o sistema energético nacional, que passa pela descarbonização do sector energético e pela independência energética de Portugal face ao mercado energético exterior», destacou Paulo Silva, presidente da Câmara Municipal do Seixal (CMS), por ocasião da recente apresentação da candidatura à construção de uma Central de Produção de Hidrogénio Verde no concelho da Margem Sul.

Esta medida alia «a energia solar à produção de hidrogénio e a sua consequente injecção na rede de gás natural», recorrendo exclusivamente a energias renováveis. O Hidrogénio é um elemento químico leve e abundante, destacando-se a sua capacidade de transportar energia com elevada densidade: quando a sua produção industrial (removendo o oxigénio da molécula da água) não implica a libertação de carbono (ou uma quantidade pouco significativa) é chamado Hidrogénio Verde.

É uma solução limpa para a actividade de vários processos industriais, para o armazenamento de energia, com um potencial para substituir a utilização de combustíveis fósseis nos transportes ligeiros e pesados e, também, o gás natural utilizado nas nossas casas.

A suspensão do Plano Director Municipal do Seixal, aprovada no dia 21 de Julho, na reunião de câmara da CMS, permite agora a formalização da candidatura para a construção de uma Central de Produção de Hidrogénio Verde, a partir de fontes de energia 100% renováveis. Este projecto, refere a autarquia, «aposta nas três tecnologias principais de utilização desta fonte de energia».

A autarquia, de maioria CDU, já está a implementar o Green Pipeline Project, «projecto pioneiro a nível nacional» desde o ano passado, tendo como principal objectivo levar a energia natural do hidrogénio a um conjunto de moradores e empresas, através da injecção de Hidrogénio Verde na rede de gás natural.