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|Câmara Municipal de Lisboa

Câmara de Lisboa não vai realizar o festival literário Lisboa 5L

Sem qualquer aviso público, a autarquia de Lisboa deixou cair o festival literário Lisboa 5L, remetendo para 2025 uma eventual nova edição. Também na área da cultura a gestão PSD/CDS de Carlos Moedas prima pela inacção.

CréditosAntónio Pedro Santos / Agência Lusa

O Festival de Literatura que celebra a Língua, a Literatura, os Livros, as Livrarias e a Leitura em Lisboa, o 5L, criado por proposta do PCP em 2018, não terá a sua quinta edição em 2024. Sem qualquer informação pública sobre o cancelamento do festival, que se deveria ter realizado na semana passada, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) apenas divulgou a informação em Buenos Aires, Argentina, durante a 48.ª Feira Internacional do Livro.

Longe da capital portuguesa, Carlos Moedas e o vereador da Cultura, Diogo Moura, já não tiveram problemas em assumir, perante a audiência de um festival literário, que não tinham conseguido arranjar nenhuma solução para realizar o seu próprio evento sobre literatura. Isto numa cidade como Lisboa, onde nasceu ou viveu a larga parte dos maiores vultos literários da cultura portuguesa.

Ao AbrilAbril, Ana Jara, vereadora do PCP, confirma que os comunistas realizaram, ao longo das últimas semanas, várias questões ao executivo sobre o estado do Lisboa 5L: nunca nos foi dada resposta.

Ana Jara ressalva ainda que o executivo da CML cabimentou, no Orçamento para 2024, o dinheiro necessário para a realização do Lisboa 5L. A borla fiscal oferecida por Carlos Moedas ao Rock in Rio (3 milhões de euros) em 2024 seria suficiente para realizar quase 38 edições do único festival literário da capital portuguesa.

Embora a morte do director artístico, o livreiro José Pinho, a 30 de Maio de 2023 (à quase um ano), possa ter, eventualmente, pesado na decisão de cancelar a edição de Maio de 2024, a verdade é que, como recorda Ana Jara, o último concurso para a gestão do festival «foi ganho por uma equipa, ainda que encabeçada pelo José Pinho», com condições para dar continuidade ao projecto que foi escolhido. «Era importante continuar o festival até em homenagem à sua memória».

Carlos Moedas e o seu executivo, PSD/CDS, até aumentaram o orçamento para a Cultura, «mas estão a investir em coisas como um teatro em cada bairro, quando a maior parte dos sítios que eles colocam como um teatro em cada bairro já existiam anteriormente. É um rebranding ou uma maneira de criar maior visibilidade».

«Também há grandes eventos na cidade em que a Câmara investe, bastante», mas a verdade é que a ideia subjacente a todo este investimento é a da «mercantilização da cultura», ignorando por completo os públicos da cidade que normalmente não têm acesso a esses grandes eventos. «É inadmissível que não haja um festival literário em Lisboa», em especial um como o 5L, que existia fora da política das grandes avenidas, «com a língua, com as livrarias, com literatura, com os autores da literatura, com as escolas, com as bibliotecas»: um projecto nada casual, que criava «raízes».

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