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Milhões para anúncio à NATO no Super Bowl

«Milhões de pessoas acabaram de ver o Super Bowl. Isto não seria possível sem as nossas tropas», lê-se num anúncio que ontem foi transmitido no final da 51.ª final do campeonato da Liga Nacional de Futebol Americano, que decorreu em Houston, Texas.

Créditos / thistvknows.com

As finais do campeonato de futebol americano da NFL (National Football League) – considerada a melhor liga do género no mundo – são um dos eventos desportivos com maior audiência nos Estados Unidos e no mundo, e a publicidade é paga a preço de loucos. De acordo com a Fox Business, cada 30 segundos de publicidade renderam ao Canal Fox, que transmitiu a final deste ano, mais de 5 milhões de dólares.

Na sexta-feira passada, a mesma fonte indicava que a construtora coreana de automóveis Hyundai costuma investir fortemente em publicidade nas finais do Super Bowl, tendo apresentado anúncios em nove das últimas dez finais, e que, sendo patrocinador oficial da edição deste ano, queria «levar o seu anúncio para um novo patamar», filmando um reclame de 90 segundos, durante o jogo, que incluiria imagens de uma base militar norte-americana.

Dean Evans, director de marketing da Hyundai Motors America, disse à Fox Business que a empresa não se queria limitar a «produzir um grande anúncio, mas tornar as coisas melhores para os militares». E não se poupou a meios: comprou os 90 segundos de publicidade que passaram imediatamente a seguir ao fim do jogo e pôs o conhecido realizador Peter Berg à frente daquilo a que chamou «Operation Better» [Operação Melhor].

Da base militar de Zagan ao NRG Stadium

O anúncio centra-se na base militar de Zagan, no Sudoeste da Polónia, onde se encontra estacionado, desde meados do mês passado, um contingente norte-americano, no contexto do avanço das forças da NATO para o flanco leste e das decisões tomadas pela Aliança Atlântica na cimeira de Varsóvia, em Julho de 2016.

Os militares norte-americanos estacionados em Zagan fazem parte da «força dissuasora» da NATO frente à «ameaça russa» e estão ali para «reforçar a segurança da Polónia e da Europa». Na versão da Hyundai, sem eles, «sem as nossas tropas», não seria possível que milhões de pessoas tivessem acabado de ver o Super Bowl. Ou seja: caros compatriotas (e democratas do mundo), o que seria de nós sem esta brigada, sem o US Army, sem a NATO? À Hyundai, que vende carros e é, como se vê, muito humanista, só resta fazer uma coisa: tornar as vidas destes compatriotas, homens e mulheres de armas, um pouco melhores quando estão tão longe de casa durante o seu Super Bowl.

A três deles, metem-nos numa espécie de cápsulas imersivas com projecção a 360º. De repente, vêem-se no Estádio NRG, em Houston, com alguns dos seus familiares presentes. Há muita emoção. É o que dá o Super Bowl, os milhões da Hyundai e a NATO no flanco leste: muita emoção. Tanta que um dos portais que noticiam/comentam a existência do anúncio sugere ao leitor que pegue nuns lenços antes de o ver.

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