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|Colômbia

Justiça transitória decreta suspensão da extradição de Santrich

A Jurisdição Especial para a Paz informou esta quinta-feira que decreta a suspensão do pedido de extradição de Jesús Santrich, ex-combatente das FARC-EP e membro da FARC há 39 dias em greve de fome.

Créditos / mundo24.net

O anúncio foi feito por Patricia Linares, presidente da Jurisdição Especial para a Paz (JEP), e Jesús Ángel Bobadilla, presidente da Secção de Revisão deste organismo de justiça transitória concebido pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo (FARC-EP) e pelo governo colombiano no âmbito dos acordos de paz.

Na conferência de imprensa que deram esta quinta-feira, os representantes da JEP afirmaram que este organismo aceitou o «pedido de garantias» apresentado pela defesa de Santrich e que, como medida cautelar, decretou a «suspensão do processo de extradição», uma vez que «não encontrou elementos» suficientes para se pronunciar sobre o fundo da questão.

Por isso, solicitaram ao Ministério dos Negócios Estrangeiros que lhes envie uma cópia do pedido de extradição e deram à Procuradoria Geral um prazo de cinco dias para que lhes forneça toda a informação relacionada com o caso. Aos «intervenientes» no processo, concederam um prazo de dez dias «para que solicitem as provas que considerem oportunas» e se pronunciem, informa o Resumen Latinoamericano.

A FARC, que classifica a detenção e o encarceramento de Santrich como uma violação dos acordos de paz, na medida em que estes prevêem uma amnistia para os «delitos relacionados com o conflito armado», manifestou a sua satisfação com a decisão.

Já o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, defendeu a actuação das autoridades e lembrou que a JEP apenas se aplica a «delitos cometidos durante a guerra».

Há 39 dias em greve de fome

Jesús Santrich, nome por que é conhecido Seuxis Paucias Hernández Solarte, foi preso no dia 9 de Abril em Bogotá a pedido dos EUA, que o acusa do crime de tráfico de drogas. O ex-guerrilheiro e membro do Conselho Político Nacional da Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC) afirmou que se trata de «uma montagem judicial», tendo recorrido à JEP para que trave processo movido contra si. Encontra-se em greve de fome há 39 dias, desde que foi preso.

A FARC classificou a detenção de Santrich, «um dos negociadores principais e signatários» do acordo de paz, como uma «montagem e sabotagem», que se enquadra nas «acções de perseguição contra os principais dirigentes do partido».

Num comunicado ontem emitido pelo seu Conselho Político Nacional, a FARC dirige-se a Santrich para lhe manifestar o reconhecimento pela «imensa coragem» que teve ao «enfrentar a montagem» de que foi vítima, e sublinha que «a verdade acabará por se impor, face à infâmia e à calúnia».

Destacando o facto de estar a aumentar o número das «vozes solidárias» e das «declarações» a exigir a liberdade de Santrich, a FARC considera que o processo movido a Jesús Santrich «constitui a mais grave tentativa de atingir a materialização do acordo de paz», que Santrich tanto «ajudou a construir».

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