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|Índia

Em Déli, pediu-se protecção para o jornalismo e os jornalistas

No âmbito do Dia da Liberdade de Imprensa, grupos de jornalistas denunciaram os ataques crescentes a jornalistas e organizações independentes, e pediram maior unidade de acção, para proteger direitos.

Créditos / Newsclick

O encontro foi promovido, esta sexta-feira, na capital indiana pelo Sindicato dos Jornalistas de Déli e a Aliança Nacional dos Jornalistas, num contexto de «restrições crescentes à liberdade dos meios de comunicação e aos direitos dos jornalistas», tendo contado com a participação de diversas organizações, como o Clube de Imprensa da Índia, a Associação de Imprensa, o Corpo de Imprensa das Mulheres Indianas ou o Sindicato dos Trabalhadores Jornalistas de Kerala, entre outros.

Ao intervir no evento, refere o Newsclick, Gautam Lahiri, presidente do Clube de Imprensa da Índia, manifestou-se preocupado com a recusa de acesso à informação no âmbito do actual regime. Apontou, nomeadamente, a redução acentuada do número de passes para cobrir o Parlamento e as restrições aos direitos dos jornalistas credenciados para entrar nos ministérios.

«A Comissão Eleitoral da Índia também violou as convenções ao não realizar as habituais conferências de imprensa após cada dia de votação», disse, apelando à solidariedade entre as organizações de jornalistas para defender reivindicações colectivas.

Parul Sharma, presidente do Corpo de Imprensa das Mulheres Indianas, lamentou a discriminação persistente contra as mulheres jornalistas, tendo defendido que elas merecem dignidade e igualdade na profissão.

Já Binny Yadav, secretária da mesma organização, alertou que, se a comunicação estiver amordaçada, não pode informar os eleitores. «Sem a capacidade de questionar, o país tornar-se-ia uma falsa democracia», disse, citada pelo Newsclick.

Media detidos pelo grande capital «papagueiam a linha do governo»

Ao intervir, a jornalista Bhasha Singh defendeu que as eleições parlamentares são críticas para a democracia. «A Comissão Eleitoral continua a ignorar o discurso de ódio e a polarização religiosa, enquanto os media detidos pelo grande capital se tornaram uma indústria criadora de percepção… que papagueia a linha do governo em tudo», alertou.

O advogado Surendranath, secretário-geral do Sindicato de Todos os Advogados Indianos, destacou que minar o direito à informação também mina a democracia. Numa altura em que «os capitalistas de compadrio capturaram grande parte da imprensa dominante, combatê-la é uma tarefa hercúlea», afirmou.

Neste contexto, sublinhou que a luta se torna mais dura para os jornalistas e organizações independentes, e apelou a uma campanha conjunta de jornalistas e advogados contra leis draconianas como a Lei de Prevenção de Actividades Ilícitas (UAPA, na sigla em inglês), a legislação contra a sedição e a difamação, que são utilizadas para ameaçar a liberdade de imprensa, refere a fonte.

«Vivemos agora numa censura não declarada»

Por seu lado, o jornalista veterano Jaishankar Gupta, ex-presidente da Associação da Imprensa e membro do Conselho de Imprensa da Índia, disse que os jornalistas há muito entregaram sua liberdade aos seus patrões, que por sua vez se renderam ao governo.

«Vivemos agora numa censura não declarada, sem saber que artigo ou que comentário no ar irá provocar uma acção punitiva por parte das autoridades», criticou.

O encontro, em que foram igualmente denunciados a má situação laboral dos trabalhadores da imprensa e o ataque aos seus direitos laborais e condições de vida, terminou com a leitura (em hindi) do poema «Rona», da autoria do jornalista e poeta Kuldeep Kumar, que reflecte sobre os tempos difíceis.

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